9 de dezembro de 2012

Norma da Marinha restringe trabalho de praças na sinalização náutica

Sinalização náutica com praças

MARCO AURÉLIO REIS
Na onda da grande abertura aos investimentos privados nos portos brasileiros (com gastos governamentais da ordem de R$ 54,2 bilhões), um disputa interna na Marinha ganha importância por ter poder de reduzir gastos do setor com a obrigatória sinalização náutica. A disputa gira em torno da adequação de norma interna da Força Naval (Normam-17, item 4.10) à Portaria 870 do Ministério da Educação (em vigor desde 16 de julho de 2008).
A simples adequação abriria a praças com curso técnico de sinalização náutica (1.200 horas de aula) a possibilidade de prestarem esses serviços em portos privados. Hoje, em função da norma, apenas oficiais de Marinha e alguns profissionais civis com Nível Superior no setor naval podem responder pela sinalização náutica de portos. Em geral, abrem firmas e contratam os praças com curso técnico.
Com isso, as administrações dos portos são obrigadas a contratar as empresas, quando poderiam empregar diretamente os técnicos ou as montadas por técnicos. Como o número de empresas seria maior, a própria concorrência entre elas já reduziria o custo. O comércio exterior brasileiro só teria a agradecer.

PRAÇAS E O MEC
Os praças formados em sinalização náutica têm formação técnica comprovada em diploma. Oficiais, não. Com isso, só praças atendem às exigências do Ministério da Educação publicadas em 2008.

HORAS DE CURSO
Em geral, curso e aperfeiçoamento em sinalização náutica oferecido pela Marinha formam praças com cerca de 1.700 horas. O MEC exige 1.200 horas. Os oficiais não possuem os certificados.

R$ 10 MIL POR SINAL
A Normam-17 impede que praças exerçam a profissão fora da Marinha. Na média, um sinalizador náutico ganha R$2 mil mensais. Empresas levam R$ 10 mil por sinal.
Força Militar (O Dia Online)/montedo.com

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