Soldado brasileiro é convocado para servir no Afeganistão
Leonardo Ferreira
Após ingressar nas Forças Armadas dos Estados Unidos como reservista em tempo de paz, o imigrante brasileiro Bruno Saraiva foi, de repente, convocado para lutar no Iraque, logo após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011. Ainda em treinamento avançado individual, Saraiva não teve opção e, depois da transição da reserva para o campo de batalha, com duração de 1 ano, ele foi enviado ao exterior.
“O processo de transição da reserva para o campo de batalha durou cerca de um ano. Quando recebi a ordem de ir para o Iraque, eu sabia que seria difícil, mas estava orgulhoso de poder servir o meu país, os Estados Unidos”, disse ele, cidadão norte-americano naturalizado, ao jornal comunitário Brazilian Times.
Enquanto ainda não é enviado ao Afeganistão, Bruno reside em uma base militar que, segundo ele, não é diferente de uma cidade convencional. “Atualmente, vivo em um posto militar e é como uma da cidade. Existem áreas de formação, áreas de escritórios, escolas, serviços religiosos, comerciais, postos de gasolina, hospitais, farmácias, Starbucks, Burger King, centro de educação, faculdades, creches e etc”, explicou.
Segundo ele, apesar de serem países diferentes, Iraque e Afeganistão, os perigos de uma guerra são sempre constantes. “Eu jamais irei subestimar o inimigo. No Iraque eu servi ao lado da Polícia Militar e agora vou ao Afeganistão servindo em uma unidade de infantaria”, explicou.
Mesmo no campo de batalha, a lembrança da família é constante, entretanto, é necessário estar constantemente atento àquilo que acontece nas áreas ao redor, pois um descuido pode cuidar a vida de um ou vários soldados. “Não foi diferente comigo. Ficava olhando as fotografias, até mesmo o telefone e Skype a espera de notícias e de dar notícias. Mas quando estou em uma missão, é preciso ficar ficado e ciente do que nos rodeia”, disse ele.
Apesar dos riscos, Bruno disse não estar arrependido de servir as Forças Armadas dos Estados Unidos e encorajou os jovens que, por ventura, estiverem avaliando essa opção.
“Eu incentivo todos a participar. Gostaria de convidar a todos para servir pelo menos três anos no exército. Por causa disso, hoje sou um homem bem melhor. Eu aconselharia aos meus filhos para ir à faculdade e depois adoraria que eles servissem ao exército”, concluiu.
Brazilian Voice/montedo.com