Tiroteios na Maré, no Rio, deixam um morto e um ferido
O tiroteio causou tensão na Vila do João e na Nova Holanda, região do complexo de favelas da Maré Carlos Moraes/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo |
Do UOL, no Rio
Um homem morreu após ser ferido por militares do Exército na manhã desta segunda-feira (3) na Vila do João, no Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, durante uma troca de tiros. Mais tarde, uma pessoa ficou ferida em um confronto entre traficantes de facções rivais próximo à Vila Olímpica da Maré.
Segundo a assessoria de imprensa da Força de Pacificação que atua no conjunto de favelas, por volta das 8h50 dois homens atiraram contra militares. A Força de Pacificação informou que o baleado estava envolvido na agressão contra os militares. Ele foi socorrido e levado à Unidade de Pronto-Atendimento do Complexo da Maré, mas não resistiu ao ferimento.
Pouco tempo depois, criminosos chegaram em caminhões e foram recebidos a tiros por traficantes de facções rivais. Segundo relatos de moradores, os soldados da Força de Pacificação ficaram acuados sob um viaduto durante o confronto. O comércio fechou. Nas vias expressas, motoristas se assustaram com o tiroteio e pararam seus carros, com medo de prosseguir, mas as Linhas Vermelha e Amarela não foram interditadas.
De acordo com a assessoria de comunicação da Força de Pacificação, os soldados faziam patrulhamento a pé e motorizado quando começou o confronto entre os traficantes, de facções não identificadas, e seguiram para o local assim que foram avisados. O tenente-coronel Welton negou que os militares tenham ficado acuados.
O Complexo da Maré foi ocupado por 3.000 homens da Marinha, do Exército, da Polícia Militar e da Polícia Civil, que estão sob comando do Exército, com o objetivo de preparar o local para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Mas os confrontos entre facções rivais têm sido frequentes .
A situação também é tensa no Complexo da Penha, na zona norte. No domingo (2), policiais militares foram atacados por criminosos na comunidade do Parque Proletário. Os PMs não conseguiram localizar os criminosos, mas o policiamento foi reforçado na região, ninguém ficou ferido.
Na manhã de hoje, oito linhas de ônibus deixaram de circular nas proximidades da Vila Cruzeiro e Parque Proletário, devido à insegurança. De acordo com o consórcio Internorte, que opera as linhas, os coletivos estão fazendo um desvio por avenidas mais distantes da comunidade. O consórcio informou que os ônibus retomarão seus trajetos normais assim que não houver mais risco para usuários e funcionários.
Devido aos riscos de confrontos na região, duas escolas municipais, um espaço de desenvolvimento infantil e três creches ficaram sem atendimento na manhã de hoje. Cerca de 1.600 alunos estão sendo afetados. (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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