De acordo com a Força de Pacificação, outro criminoso pode ter sido alvejado. Sargento ficou ferido por estilhaços
Militares da Força de Pacificação e traficantes entraram em confronto na manhã desta terça-feira, no Complexo da Maré
Foto: Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia |
VANIA CUNHA
Rio - Um homem morreu na manhã desta terça-feira, durante confronto entre criminosos e militares da Força de Pacificação do Exército no Complexo da Maré. Na ação, um sargento também ficou ferido por estilhaços de balas. Desde abril, a Maré está sob regime de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e intervenção do Exército, que teve prorrogado o seu período de atuação no conjunto de favelas até junho.
O confronto ocorreu por volta das 8h, quando uma patrulha foi atacada a tiros na Vila dos Pinheiros, segundo nota da Força de Pacificação. Pelo WhatsApp do DIA (98762-8248) , moradores relataram a manhã de pânico.
“Estamos encurralados dentro de casa devido a um intenso tiroteio aqui na Vila dos Pinheiros. Um inferno! Não podemos nem comprar um pão na padaria”, contou um morador. Tiros também foram ouvidos na comunidade Salsa e Merengue.
A vítima do confronto, identificada como Felipe Vieira, de 24 anos, morreu após dar entrada na UPA da Vila do João. A Divisão de Homicídios (DH) assumiu as investigações do caso, mas não informou se o rapaz tinha envolvimento com o crime. Apesar disso, a Força de Pacificação informou que ele era ‘bandido’ e que ‘há fortes indícios de que outro (criminoso) tenha sido morto na mesma ação’, diz trecho da nota dos militares.
Outra comunidade da Zona Norte, o Juramento, em Vicente de Carvalho, foi ocupado por tempo indeterminado pelo 41º BPM (Irajá). Moradores da região sofreram com a guerra de traficantes nos últimos dias, que teria deixado mortos.
Na sangrenta disputa entre facções rivais, que se teve reflexos no Jorge Turco, três corpos foram localizados na favela de Rocha Miranda. Esta última e a Favela Faz Quem Quer, no mesmo bairro, tiveram operações do 9º BPM (Rocha Miranda). No Complexo da Pedreira, reduto de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, traficante mais procurado do Rio, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma ação, mas ninguém foi preso.