Exército e PM anunciam reforço no policiamento do Alemão
José Mariano Beltrame diz que sabe quantos traficantes participaram de invasão
ROBERTA TRINDADE
O chefe do Comando Militar do Leste, general Adriano Pereira Junior, anunciou, na tarde desta quarta-feira, que o Complexo do Alemão terá um reforço imediato de 100 fuzileiros do Exército na ocupação. Em breve, mais 200 militares também serão acionados para atuar nas favelas. A mobilização acontece horas depois de um intenso tiroteio entre a Força de Paz, a PM e traficantes na noite desta terça-feira.
General Adriano Pereira Junior (E) e José Mariano Beltrame deram coletiva para anunciar reforço no policiamento do Complexo do Alemão | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Durante coletiva na sede do CML, no Centro, o general informou que o Exército continuará o trabalho de ocupação e considerou a ação de bandidos como uma forma "desestabilizar' a atuação dos militares. Além disso, a PM, que já está ocupando os morros da Baiana e do Adeus, informou que vai criar mais 11 pontos fixos de policiamento ao redor da área, mobilizando um total de 120 policiais.
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que traficantes entraram no Alemão durante a noite, no entanto, não quis revelar o total e nem a origem dos mesmos. Ainda de acordo com ele, os bandidos já teriam saído do local após o confronto.
Operação para reprimir bandidos
Após uma manhã de aparente tranquilidade, militares do Exércio fazem, na tarde desta quarta-feira, uma grande operação no Alemão para reprimir traficantes. Dois blindados do tipo Urubu estão posicionados na Rua Joaquim de Queiróz, no cruzamento com a Estrada do Itararé, na entrada da Favela da Grota. Perto dali, traficantes fizeram uma barricada com tampas de bueiros e ralos. Segundo o Relações Públicas da Força de Pacificação, major Marcus Vinícius Bouças, a operação no Alemão e na Penha contará com 1.700 homens da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada.
Mais cedo, militares encontraram na Rua Nova, em um dos acessos à Favela da Grota, cinco bombas de fabricação caseira. Destas, apenas uma não havia sido detonada. Os artefatos recolhidos pelo Exército teriam sido jogados pelos traficantes para atingir militares. Além de soldados, policiais militares também reforçam a segurança na comunidade. A Polícia Militar informou, através de nota, a ocupação dos morros da Baiana e do Adeus.
O DIA