O octogenário que derrotou um batalhão de nazistas

O comandante alemão ofereceu-lhe comida, querosene e um rifle de caça novo em troca de que guiasse o grupo pelo bosque como forma de surpreender o exército vermelho pela retaguarda. Kuzmin aceitou o trato... na verdade fez os nazistas crerem que sim. Ainda que Kuzmin não simpatizasse nem um pouquinho com o regime stalinista, era um bom russo e portanto patriota, bem longe de ser um traidor.
Enquanto os alemães planejavam a estratégia de ataque, Kuzmin conseguiu avisar o conhecido Vassili Zaitsev (há versões que dizem que era seu filho e outras que seu neto) de seu plano: atravessariam o bosque, pela rota mais difícil para esgotá-los, até as cercanias de Malkino onde tinha um lugar ideal para que o exército vermelho, avisado por Zaitsev, os emboscasse.
Depois de várias horas de marcha, com a neve até os joelhos, esgotados e tremendo de frio chegaram ao ponto escolhido para a emboscada. Se Zaitsev não tivesse chegado a tempo ou não tivesse avisado os russos, estava perdido. De repente, os russos saíram de seu esconderijo e começaram a disparar suas metralhadoras. Os alemães caíram na armadilha, mas no meio da batalha e antes de cair abatido, o oficial alemão buscou e matou Kuzmin. Só alguns poucos alemães conseguiram fugir daquela armadilha.

Em 1965 foi nomeado, a título póstumo, Grande Herói da União Soviética, convertendo-se na pessoa mais idosa a receber esta condecoração.
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