A indústria armamentista só cresce: os gastos na Defesa somam um montante de US$ 40 bilhões, que equivalem a 2% do PIB e 13% a mais do que no ano passado, para dar conta de disputas internas e da fronteira instável com o Paquistão. Há duas semanas, a Índia lançou com sucesso, da Ilha Wheeler, o Agni-V, míssil de longo alcance capaz de atingir as principais cidades da China. Numa outra frente, também com objetivo de modernizar a indústria doméstica, a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) já tem tudo preparado para receber, em dois meses, os Rafale - caças franceses de última geração - que vão substituir os Mirage produzidos no país há 40 anos.
A compra de 126 jatos da francesa Dassault significa, para o país, um investimento de US$ 12 bilhões. Os primeiros 18 serão construídos na França. Os 108 restantes começam a ser fabricados, em quatro anos, nos hangares da HAL.
Na visita da presidente Dilma Rousseff a Nova Délhi, no início do mês, para a reunião de cúpula dos Brics, o governo indiano propôs uma parceria tecnológica com o Brasil para a transferência de informações sobre os Rafale, caso o país decida optar pelos franceses, na compra de 36 caças. Atualmente, a disputa está entre o Rafale, o F-18, da americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.
- Vamos remodelar completamente nossas instalações para receber os Rafale. É a primeira vez que negociamos com a França, mas vemos uma vantagem: eles cobram mais do que os ingleses, mas entregam no prazo - diz o subgerente de produção da HAL, Chakradhar Mishra. (Agência Globo)
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