Comandante das forças de paz da ONU destaca atuação de militares da área de engenharia na reconstrução do país; general Edson Leal Pujol fala ainda sobre ações sociais com a população carente.
Damaris Giuliana, enviada especial ao Haiti
O atual comandante das tropas de paz da ONU no Haiti, o general brasileiro Edson Leal Pujol, afirma que a missão tem um "tom diferente", na comparação com outras missões realizadas na África e na América Central.
Pujol está no comando das forças da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti, Minustah, desde março. Ele explica que as atividades na área de segurança são parecidas com as "operações de garantia da lei e da ordem realizadas pelo Exército no Brasil".
Infraestrutura
Da capital haitiana, Porto Príncipe, o general Edson Leal Pujol também falou à Rádio ONU sobre as vantagens da atuação de militares engenheiros na missão.
"E aqui também estamos tendo uma participação muito grande da engenharia brasileira, na tentativa de melhorar as condições de infraestrutura do país e também de restabelecer uma situação de normalidade pós terremoto. Nós temos nos destacado nas missões de paz da ONU e temos estabelecido um conceito, um respeito muito grande das condições que o brasileiro tem de mediação, de negociação, de resolver problemas."
O Brasil mantém no Haiti a única usina de brita, cascalho e asfalto que apoia todas as atividades da Força de Paz. Os militares também atuam na reparação de vias, limpeza de valas, perfuração de poços e recolhimento de escombros.
Atividades Sociais
Os brasileiros promovem atividades sociais e culturais para apoiar as comunidades. Somente nos quatro primeiros meses de 2013, os militares distribuíram para a população mais de 2 milhões de litros de água tratada nas bases e 2 mil kits de material escolar.
As sessões de cinema ao ar livre foram assistidas por mais de 6 mil haitianos, sendo que muitos tiveram acesso ao recurso pela primeira vez.
Segundo o general, as ações desempenhadas pelos militares brasileiros colaboram para a redução da violência em áreas bastante vulneráveis do Haiti. A melhoria na situação de segurança possibilitou, em abril, que o Brasil retirasse do país um de seus batalhões.
Para Edson Pujol, o objetivo agora é o fortaler a Polícia Nacional Haitiana, incluindo aumento do seu efetivo.
ONU/montedo.com