Flagrantes são considerados comuns na fronteira, diz Exército no estado.
Abinoan Santiago
Do G1 AP
Balanço parcial do Exército Brasileiro sobre a operação Ágata 8 aponta contrabando de mercadorias e a permanência ilegal de estrangeiros no país como os crimes mais comuns na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. Os números oficiais ainda não foram divulgados. O coordenador da operação no estado, general Estevão Teófilo, informou, no entanto, que as duas infrações devem aparecer no topo do ranking dos crimes mais encontrados durante a Ágata, que iniciou em 10 de maio.
“Foram feitas prisões de crimes comuns e de estrangeiros que estavam ilegalmente no país e apreensões de mercadorias, entre perfumes e drogas”, resumiu o general do Exército.
A operação Ágata 8 é realizada na fronteira brasileira com países sul-americanos. Ao todo, o Amapá recebeu 800 homens, que atuam em dois pontos fixos, em Pedra Branda do Amapari e Oiapoque, abrangendo 700 quilômetros de fronteira amapaense com a Guiana Francesa e Suriname.
Segundo o general Teófilo, uma das características da fronteira do Amapá é o baixo número de pessoas vivendo na divisa entre o Brasil e demais países. “Temos apenas Oiapoque com a Guiana Francesa como fronteira habitada. O restante é ocupada por florestas”, comentou o oficial.
Apesar de não haver fiscalização em regiões cobertas por florestas fechadas, o general frisa que a entrada ilegal de pessoas e mercadorias costuma acontecer por regiões habitadas por causa do custo menor na tentativa de entrada no país.
Uma das apreensões realizadas pelo Exército aconteceu na quarta-feira (14), quando militares fecharam uma indústria irregular de venda de peixe em Oiapoque. Mais de 600 quilos de pescado foram apreendidos.
Segundo o general Estevão Teófilo, diferente de Oiapoque, os crimes comuns encontrados em Pedra Branca são os que infringem as leis ambientais, como a extração ilegal de madeira e comercialização e abatimento de animais silvestres sem autorização de órgãos fiscalizadores.
Operação Ágata 8
No total, 16.886 quilômetros de fronteira do Brasil com os dez países sul-americanos estão sendo monitorados dia e noite por 30 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. Agentes das polícias federal, rodoviária e militar, além de técnicos de agências governamentais, também participam da operação que começou no último dia 10 de maio.
A operação Ágata, conduzida pelo Ministério da Defesa, e a operação Sentinela, pelo Ministério da Justiça, são parte do Plano Estratégico de Fronteiras de combate à criminalidade.
G1/montedo.com