16 de maio de 2014

Soldado morre na AMAN ao ser atingido pelo canhão de um carro de combate

Soldado do Exército morre enquanto dirigia tanque na Aman
Davi Barbosa da Costa, lotado no 15ª Regimento de Cavalaria Mecanizada, foi atingido pelo cano de tiro do veículo, que bateu em uma cerca
Após bater em cerca, canhão do Cascavel atingiu a cabeça do soldado motorista
DICLER DE MELLO E SOUZA
Resende (RJ) - Um soldado do Exército morreu dirigindo um tanque na manhã desta sexta-feira, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Segundo a assessoria da Aman, Davi Barbosa da Costa, de 22 anos, estava com a cabeça para fora do veículo e foi atingido pelo cano de tiro do tanque, que bateu em uma cerca de arame farpado e acabou rodando. Davi pertencia ao quadro de efetivos do 15º Regimento de Cavalaria Mecanizada – RC Mec (Rio de Janeiro-RJ), e estava em apoio à instrução militar.
O acidente com o tanque Cascavel, que o soldado conduzia, aconteceu depois de uma manobra na pista Andrade Neves, no Campo de Instrução, por volta de 11h30m. O chefe de Comunicação Social da Aman, coronel Fuede Feres Júnior, disse que o soldado voltava da manobra e conduzia a viatura com a cabeça para fora do carro de combate.
— O tanque possui uma torre com um canhão em cima do carro de combate, que bateu na cerca de arame e fez com que a torre girasse e pressionasse a cabeça do soldado. No momento do acidente, ele estava de capacete — disse Feres.
Davi chegou a ser levado para o Hospital Escolar da Aman, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo do militar foi levado para o Instituto Médico-Legal de Resende, no Sul Fluminense. De lá, segue para o Rio. Davi morava em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, e estava na Aman desde quarta-feira passada. Ele veio com um grupo do 15º Regimento de Cavalaria a fim de fazer treinamentos para uma demonstração na manhã deste sábado, em comemoração ao Dia da Cavalaria.
O soldado era experiente e estava há três anos no Exército. Há dois, ele era motorista do próprio carro de combate em que morreu. O comandante da Aman, general de Brigada, Tomás Miguel Minié Ribeiro Paiva, determinou que fosse instaurado um inquérito policial militar para averiguar as circunstâncias do acidente. O caso também será apurado pela 89ª DP (Resende), onde foi instaurado um inquérito policial.
- A intenção é descobrir se houve uma falha humana ou material. O prazo para a conclusão do inquérito é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias – disse o coronel, acrescentando que, quando o soldado fazia o treinamento, todos os meios de segurança possíveis estavam sendo empregados.
O coronel Feres disse que a Academia lamenta a morte do soldado e que está prestando todo apoio à família dele. A perita legista do IML de Resende, Alessandra Nogueira, informou que a causa da morte do soldado foi traumatismo craniano com lesão encefálica. (R. A.)
O GLOBO/montedo.com

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