Paulo Ricardo da Rocha Paiva *
Em absoluto, não sou apologista de qualquer tipo de golpe. Importa-me, sim, o auto respeito, o brio, a honra militar. Hoje os grandes responsáveis pela manutenção destes dogmas da profissão militar, até provas em contrário, “não estão nem aí “ para salvaguardar estes princípios basilares que se complementam e constituem condições vitais para manutenção das forças singulares no “podium” maior do crédito pela nacionalidade.
Em verdade, estamos cansados. A chamada “reserva raivosa” (quanta injustiça!) já não enxerga uma retomada em tempo útil, uma recuperação do orgulho perdido oportuna por parte dos oficiais–generais de “quatro estrelas”, seja do EB, da MB ou da FAB, que fosse capaz de, pelo menos, não continuar engolindo sapos”, como continuam fazendo, até agora, absolutamente alheios ao processo traiçoeiro de desgaste das nossas FFAA, tanto pelo “comunopetistas”, mas, também, pela politicalha em geral.
“Não deixar ninguém para trás”, quem esquece deste princípio não merece respeito, não é como se fosse, não, é sim um traidor. A propósito, Georg Christoph Lichtenberg, filósofo alemão, foi taxativo e muito justo quando disse: -“ Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.
Nossas comemorações militares, hoje em dia, passam pelo crivo da governança revanchista, sem que nenhum brigadeiro, almirante ou general se indigne à altura do que devem representar seus ombros “tetra-estrelados”. No meu tempo isto se chamava falta de brio, atualmente está sendo traduzido como ”disciplina militar prestante”, uma justificativa que cai como uma luva, particularmente para aqueles que já foram cooptados. Durma-se com uma indignidade destas!
Já se conseguiu transformar a comenda do “Pacificador”, e suas congêneres nas demais forças irmãs, em esmaecidas “medalhas de bom comportamento”, todas para enfeitar o para-choque de políticos, muitos deles carentes das mínimas condições que devam emoldurar o caráter de pessoas decentes. Nossos quartéis já viraram “casa da mãe Joana”, constantemente invadidos por algozes/inimigos declarados de todos os militares, mais precisamente aqueles integrantes de uma comissão que quer por que quer colocar nossos ex-combatentes, sacrificados na luta sem quartel durante os “anos de chumbo”, expostos à execração pública pela horda vermelha. Que não se duvide, atualmente, já está até se apostando nos integrantes do alto comando das FFAA que vão pedir perdão a um atrevido Pedro Dallari, pelo que suas FFAA fizeram para livrar a Pátria da implantação do regime comunista!
Cidadão brasileiro! Hoje um cabo do Exército Brasileiro está morto, que se diga, não por sua culpa mas porque foi mal empregado em operações do tipo polícia e, seus assassinos, ainda estão a se vangloriar pelo feito criminoso, passeando livremente no alto dos morros com seus fuzis automáticos, alvos fáceis para os atiradores de escol do Exército que, por absoluta falta de iniciativa de um alto comando perdido no tempo e no espaço, ainda hesita em emprega-los. “Não deixar ninguém para trás”, quem esquece deste princípio não merece respeito, não é como se fosse, não, é sim um traidor. A propósito, Georg Christoph Lichtenberg, filósofo alemão, foi taxativo e muito justo quando disse: -“ Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.
Vamos ver agora como será compensada a família do nosso cabo morto no cumprimento do dever, mal empregado que foi, fruto de uma ”gendamerização” que já vem sendo imposta pelo Ministério da Defesa, e que está sendo engolida por um alto comando completamente divorciado dos princípios mínimos que devem nortear a própria razão de ser das Instituições Armadas Nacionais. Por favor, não me venham com aquela miséria indecente de promoção “post mortem” ao posto imediato de 3º Sargento QE. Nossos sargentos QE ganham apenas o suficiente para colocar comida dentro de casa. Aliás, está na hora de pensar neles também e nos capitães e tenentes que, até hoje, mesmo com nível universitário, ainda ganham menos que os ascensoristas do nosso muito “probo” Congresso Nacional.
* Coronel de infantaria e Estado-Maior