Soldado morreu com disparo de fuzil no Regimento Mallet nesta quinta-feira (6), em Santa Maria (Foto: Bruna Taschetto/RBS TV) |
Militar preso no RS por matar colega em quartel diz que estava 'brincando'
Réu também negou que crime foi motivado após vítima negar cigarro.
Após audiência nesta segunda, Justiça Militar decidiu mantê-lo preso.
Bernardo Bortolotto
Do G1 RS
O soldado do Exército de 19 anos preso por matar um colega de farda com um tiro de fuzil dentro de um quartel em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, foi interrogado pela Justiça Militar nesta segunda-feira (15). Réu pelo crime, ele disse em depoimento que "estava brincando" no momento do disparo. O militar ainda negou que o crime tenha ocorrido porque a vítima supostamente não quis dar um cigarro e relatou não lembrar se a arma usada estava com munição.
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Acusado por homicídio doloso qualificado, o soldado foi interrogado por um conselho formado por quatro oficiais do Exército e um juiz. Conforme a denúncia, o réu teve a intenção de matar o colega, de 18 anos. O crime ocorreu no dia 6 de novembro deste ano, durante a troca de guarda do Regimento Mallet. Ele confessou o assassinato, mas nega ter agido após uma discussão.
Ao longo da audiência, o réu, atualmente preso em Santa Maria, detalhou que, no dia da morte, entrou no quartel simulando uma progressão militar, apontando a arma para os lados. Em seguida, segundo ele, chegou no alojamento onde estavam outros soldados e apontou o fuzil para eles.
Conforme o relato, o soldado engatilhou a arma pela primeira vez, sem êxito. Na segunda tentativa, mirou para a cabeça da vítima, que estava sentada na cama e efetuou o disparo a menos de um metro de distância. Após a audiência, a Justiça Militar decidiu mantê-lo preso. Os dois militares entraram em março deste ano no serviço obrigatório.