Em Brasília, tenente dá voz de prisão a funcionário da TAM após perder voo
Ele e a mulher se atrasaram por causa de troca de portão de embarque.
Casal diz ter sido alvo de chacota; funcionário afirma que foi agredido.
Raquel Morais
Do G1 DF
Área do Aeroporto JK (Foto: Jua Pita/Inframerica/Divulgação) |
Um tenente da Aeronáutica deu voz de prisão a um funcionário da TAM na manhã desta segunda-feira (29) depois de se atrasar e encontrar os portões para embarque fechados no Aeroporto Internacional de Brasília. Ele estava acompanhado da mulher e afirma que o homem fez chacota da situação deles. O funcionário nega e diz que foi agredido pelo casal.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Em depoimento prestado à corporação, o casal conta que aguardava o embarque no portão 29 e só foi avisado da transferência para o portão 19 ao pedir informações no balcão. O tenente e a mulher embarcariam para Curitiba (PR).
Os dois foram os únicos dos 163 passageiros a não embarcar no voo. Em nota, a TAM afirma que o funcionário agiu conforme as orientações da empresa e declarou que ele não será punido.
Procurada pelo G1, a Força Aérea Brasileira disse que ainda não tinha sido oficialmente informada sobre o caso. Por isso, afirmou, não podia comentar o assunto.
A Polícia Federal chegou a dar suporte, depois de ser acionada pela administração do aeroporto. Os envolvidos foram ouvidos na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e liberados em seguida.
Maranhão
O caso lembra o do juiz Marcelo Baldochi, titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz, no Maranhão, que, no começo do mês, deu ordem de prisão a três funcionários também da TAM ao ser impedido de pegar o voo após o término dos procedimentos de embarque.
No último dia 17, o juiz foi afastado do cargo enquanto o caso é analisado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. Cabe recurso à decisão, mas Baldochi só podera reassumir suas funções se houver nova decisão permitindo a volta dele ao cargo.
Um dia antes, ele prestou depoimento à Corregedoria de Justiça do Maranhão, mas as declarações dele não foram tornadas públicas. O G1 não conseguiu contato com o magistrado.
G1/montedo.com