15 de março de 2018

'Não sei como eles não se matam'. Interventor federal do Rio defende maior coordenação entre as polícias civil e militar

Interventor federal do Rio defende maior coordenação entre as polícias civil e militar
'Não sei como eles não se matam', diz interventor sobre as reuniões antes das operações
General Walter Braga Netto, interventor na segurança do Rio de Janeiro - Ailton Freitas
ALEXANDRE FREELAND / PAULO CELSO PEREIRA
RIO - Às vésperas de completar um mês como interventor federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, o general Walter Souza Braga Netto revelou algumas de suas principais preocupações a procuradores estaduais, durante visita institucional ao Ministério Público estadual, na manhã desta quarta-feira. Além da necessidade de trazer ações sociais em apoio às operações militares em comunidades, Braga Netto vê necessidade de maior coordenação entre as polícias Civil e Militar e suas unidades especiais, respectivamente, Core e Bope.
- Vocês já viram um briefing (reunião antes das operações) deles? Não sei como eles não se matam. E vocês já viram um briefing nosso (do Exército) como funciona?
O general deixou claro que pretende tratar a Vila Kennedy, na Zona Oeste, como um "protótipo" para mostrar como estado e município devem atuar em uma comunidade. Braga Netto disse na reunião, da qual participou o procurador-geral do Estado do Rio, José Eduardo Gussem, que já devem ocorrer no próximo fim de semana iniciativas coordenadas entre as esferas estadual e municipal.
Na saída do encontro, perguntado pelo Globo sobre o que mais o surpreendeu até agora na intervenção, o general foi irônico:
- Já conhecia (a situação). O que mais me surpreendeu foi terem me indicado interventor.
O Globo/montedo.com

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