Ricardo Montedo
O ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo, que, juntamente com seu companheiro Lacy Araújo, foi o estopim de intensa polêmica sobre os gays nas forças armadas, a partir de sua entrevista à revista Época, em junho de 2008, continua tentando faturar a popularidade adquirida pela exposição midiática sensacionalista que obteve após a divulgação da matéria.
Depois de encaminhar carta a José Sarney, presidente do senado, visando vetar a aprovação do nome do General Cerqueira para o STM, Fernando agora lança um livro em que conta sua história.
Mas, num indicativo que os pendores literários do rapaz talvez não fossem suficientes para dar fôlego a uma obra minimamente consistente, o depoimento ao jornalista Roldão Arruda ampliou o leque e "denuncia a violência gratuita na formação dos soldados (que inclui aula de tortura), a precariedade dos quartéis e escolas do Exército, práticas de corrupção em repartições militares, o assédio sexual na caserna e a perseguição homofóbica de que ele e Laci foram vítimas assim como outros tantos soldados que, entretanto, não têm como se proteger. Entremeando tudo isso, a história de dois homens lutando dignamente pela sobrevivência, que começa ainda na infância sofrida, no Nordeste - e pelo direito de amar, seja qual for a forma de amor."
O ex-sargento Fernando Alcântara de Figueiredo, que, juntamente com seu companheiro Lacy Araújo, foi o estopim de intensa polêmica sobre os gays nas forças armadas, a partir de sua entrevista à revista Época, em junho de 2008, continua tentando faturar a popularidade adquirida pela exposição midiática sensacionalista que obteve após a divulgação da matéria.
Depois de encaminhar carta a José Sarney, presidente do senado, visando vetar a aprovação do nome do General Cerqueira para o STM, Fernando agora lança um livro em que conta sua história.
Mas, num indicativo que os pendores literários do rapaz talvez não fossem suficientes para dar fôlego a uma obra minimamente consistente, o depoimento ao jornalista Roldão Arruda ampliou o leque e "denuncia a violência gratuita na formação dos soldados (que inclui aula de tortura), a precariedade dos quartéis e escolas do Exército, práticas de corrupção em repartições militares, o assédio sexual na caserna e a perseguição homofóbica de que ele e Laci foram vítimas assim como outros tantos soldados que, entretanto, não têm como se proteger. Entremeando tudo isso, a história de dois homens lutando dignamente pela sobrevivência, que começa ainda na infância sofrida, no Nordeste - e pelo direito de amar, seja qual for a forma de amor."
Pronto. O ex-sargento, que rapidamente desfraldou bandeiras que contam com a simpatia da mídia, consolida de vez sua posição de ícone do movimento LGBT e desliza suavemente sobre a avalanche do politicamente correto. Embarque nessa canoa furada quem quiser.
Mas atenção: não vai aqui juízo de valor sobre a questão dos gays no meio militar. Sobre o assunto, já expressei minha posição em fevereiro, no artigo HOMOSSEXUALISMO NAS FORÇAS ARMADAS.
Apenas constato, mais uma vez, que a imbecilização coletiva que toma conta de boa parte da sociedade estimula a que espertalhões de todos os matizes vejam nessa situação a chance de faturar popularidade e alguns trocados a mais. A condição sexual não torna ninguém um ser humano melhor ou pior. O caráter, sim.
Com informações do blog PICICA, de Rogélio Casado