Em entrevista à Rádio França Internacional, Luiz Marinho disse que o interesse dos contrutores se justifica por uma série de fatores: ele foi ministro de duas pastas do governo Lula e tem boas relações com o ex-presidente e com Dilma Rousseff. Além disso, a Saab e a Dassault já estão presentes em São Bernardo, o que poderia facilitar futuros investimentos.
Nesta quinta-feira, Marinho fez um voo experimental num caça Rafale, em Bordeaux, e também visitou a fábrica da Thales, que produz componentes para o avião. No final da tarde, ele é recebido pelo ministro francês da Defesa, Alain Juppé, que também é prefeito de Bordeaux. Amanhã, Marinho visita duas unidades de produção da Dassault na cidade. A região sudoeste é um polo da indústria aeronáutica francesa.
Decisão adiada
A concorrência para a renovação de parte da frota da FAB, cujo processo foi iniciado ainda sob o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, parece ter emperrado novamente, depois que o governo Lula decidiu adiar a decisão. O ex-presidente, que chegou a expressar pubicamente a preferência pelo Rafale, anunciou no final do ano passado que iria deixar a decisão sobre a compra dos caças para a presidente Dilma Rousseff, jogando uma ducha de água fria nas ambições da França.
Os franceses têm a preferência do ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, mas um relatório da FAB aponta os suecos Grippen como a melhor opção.
RFI
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