Dilma inaugura produção nacional de submarinos no Rio de Janeiro
Primeiro submarino no Brasil será construído em Itaguaí, a 70 km da capital fluminense
Dilma recebeu também uma réplica do submarino convencional. Foto Roberto Stuckert (PR) |
Em ato simbólico, Dilma participou do corte de uma chapa de aço na sede da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), no município de Itaguaí, a 70 km do Rio de Janeiro. O material não será usado em submarinos. Ficará como uma espécie de marco da entrada do país no ramo da construção de veículos submersíveis de grande porte.
— Esses submarinos vão compor um quadro de defesa nacional, jamais de ataque, porque somos um país comprometido com a paz. O país passa a ter um valor muito grande com a descoberta do pré-sal na plataforma continental — afirmou a presidente.
Ela ressaltou que o início da construção de submarinos é um "momento estratégico" para o Brasil.
— Sabemos que um pequeno grupo de países domina a construção do submarino, em especial os de propulsão nuclear. O Brasil dá mais um passo em direção à afirmação cada vez maior de sua condição de país desenvolvido, com indústria sofisticada — disse a presidente, lembrando que o grande mérito da operação foi a transferência de tecnologia.
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha prevê a construção de quatro unidades convencionais (sigla S-BR, de submarino brasileiro), da classe Scorpène, com tecnologia francesa. Firmado em 2008 na França, o contrato, que prevê transferência de tecnologia para o Brasil, está orçado em R$ 6,7 bilhões.
De acordo com a Marinha, o primeiro dos quatro submarinos deverá estará pronto em 2016, com a entrada em operação marinha em meados do ano seguinte. O Ministério da Defesa informou que o corte da chapa de aço significa o primeiro passo para a construção do submarino brasileiro com propulsão nuclear (SN-BR), cuja previsão de entrega é 2023.
Na solenidade, também foi anunciada a construção de um estaleiro, com término da obra fixado em 2014. Também será erguida em Itaguaí uma base naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem). A Nuclep produzirá os cilindros que formarão os corpos dos submarinos.
Segundo o Ministério, as obras físicas gerarão 9 mil empregos diretos e 27 mil indiretos. As obras dos submarinos empregarão 10 mil trabalhadores, dos quais 2 mil diretos.
AGÊNCIA ESTADO
Comento:
O programa é da Marinha, mas os almirantes ficaram de fora da foto oficial. Só o genérico Jobim é quem aparece (como sempre), 'bem acompanhado' de Cabral e Mercadante.
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O programa é da Marinha, mas os almirantes ficaram de fora da foto oficial. Só o genérico Jobim é quem aparece (como sempre), 'bem acompanhado' de Cabral e Mercadante.