6 de fevereiro de 2012

Exército descarta invasão da Assembleia baiana

De acordo com oficial, cerco ao prédio ocupado por policiais grevistas tem por objetivo garantir negociação pacífica
Cristophe Simon/AFP

O tenente-coronel Márcio Cunha, chefe da Comunicação do Comando da 6ª Região Militar, descartou, na noite desta segunda-feira, a possibilidade de invasão da Assembleia Legislativa por parte dos mais de mil militares que cercam a área desde a manhã.
Estão amotinados, dentro da casa legislativa, cerca de 300 policiais familiares grevistas e familiares. De acordo com Cunha, a ocupação do Exército no local tem fins pacíficos.
— O general Gonçalves Dias determinou que fizéssemos essa área de isolamento para que as negociações pelo fim da manifestação ocorram de forma pacífica. Eventuais violências contra nossa tropa, porém, serão respondidas com a intensidade necessária — afirmou.

Assembleia Legislativa sitiada
Cerca de 600 homens do Exército cercam a Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, na manhã desta segunda-feira, para cumprir 11 mandados de prisão contra policiais militares grevistas, de acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado.
Por volta das 6h, o Exército começou a fazer o isolamento do prédio, no Centro Administrativo da Bahia, para que a Polícia Federal possa cumprir os mandados de prisão contra policiais militares grevistas que ocupam a Casa Legislativa desde o último dia 31. Além do Exército, homens da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades da Assembleia.
Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela área de Comunicação do Exército, depois do isolamento da área, os mandados de prisão vão ser cumpridos. O pedido para a desocupação do prédio da Assembleia foi feito no domingo à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, ao general G.Dias. Nilo disse que "os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça". O deputado falou ainda que o pedido partiu dele mesmo, e não do governador.
Desde o início da greve dos policiais militares, no dia 31, pelo menos 88 homicídios foram registrados em Salvador e na região metropolitana da capital baiana.
AGÊNCIA ESTADO/montedo.com

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