Brasileiros que estavam em base na Antártida chegam ao Rio de Janeiro
Avião com 41 passageiros, entre militares e pesquisadores, saiu do Chile
Incêndio na Estação Comandante Ferraz matou duas pessoas no sábado.
Christiano Ferreira
Voo com 41 brasileiros que estavam na base
da Marinha na Antártida chega ao Rio de Janeiro.
(Foto: Christiano Ferreira)
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O voo com 41 brasileiros que estavam na base incendiada da Marinha na Antártida chegou ao Rio de Janeiro pouco depois de 1h desta segunda-feira (27). O grupo é formado por 26 pesquisadores, 12 operários do arsenal da Marinha, um alpinista, um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e um militar ferido, de acordo com a Marinha. A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada deste sábado (25), que matou dois militares.
O militar ferido, o sargento da Marinha Luciano Gomes Medeiros, chegou no Rio de Janeiro de cadeira de rodas e será transferido de ambulância para o Hospital Naval Marcílio Dias.
O voo saiu de Punta Arenas, no Chile, durante a tarde deste domingo (26), para onde os brasileiros foram transportados pela Força Aérea da Argentina. Antes de aterrissar na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, a aeronave faz uma parada em Pelotas pouco depois das 21h de domingo (26). Três pesquisadores da Unisinos, de São Leopoldo (RS), e um funcionário de Ibama desembarcaram na cidade.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, o almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto estão na pista da Base Aérea do Galeão para acompanhar a chegada dos brasileiros. Segundo Amorim, os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estão na base chilena Eduardo Frei, devem chegar ao Rio de Janeiro na terça-feira (28).
A Marinha do Brasil afirmou em nota neste domingo (26) que 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz foram destruídas. Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.
G1 RJ/montedo.com