Estado Maior reforça a presença na tríplice fronteira
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Durante a Ágata 4, o vice-presidente Michel Temer e o general-de-exército José Carlos De Nardi estiveram na Amazônia (Bruno Kelly - 14.03.2012) |
O general José Carlos De Nardi revelou que a Amazônia será a primeira a ter um Estado Maior Conjunto Regional
ANTÔNIO XIMENES
A Amazônia é a região prioritária das Forças Armadas do Brasil. O general-de-exército José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, sediado em Brasília, no Ministério da Defesa, disse que há um estudo para ser criado o Estado Maior Conjunto Regional, e que o primeiro deverá ser instalado na Amazônia.
A região é prioritária para a Presidência da República, tanto pelas suas riquezas minerais e ambientais, como pelo seu povo e o seu caráter estratégico de soberania nacional. O Estado Maior Conjunto Regional deve ser composto por oficiais de três estrelas: general-de-divisão, vice-almirante e major-brigadeiro.
Com esta medida, revelada com exclusividade para A Crítica, o Ministério da Defesa terá uma estrutura mobilizada permanentemente para executar o planejamento de todas as operações conjuntas das três forças na região mais importante do Brasil, sob o ponto de vista estratégico: a Amazônia.
Ágata 6
Atento a tudo que acontece na Amazônia, no que se refere às questões militares e de inteligência, o Ministério da Defesa já reservou recursos financeiros para a realização da Operação Conjunta Ágata 6, que deve acontecer entre os meses de setembro e outubro de 2012, na tríplice fronteira, entre o Brasil, o Peru e a Colômbia.
A próxima operação será a maior do gênero já realizada na região, superando a Ágata 4, que ocorreu entre 2 e 17 de maio de 2012 e reuniu 8.664 militares. Com o que há de mais avançado em equipamentos do Exército, Marinha, Aeronáutica e com a participação de dezenas de órgãos da União, como Polícia Federal, Ibama, Ministério da Justiça, Ministério do Meio Ambiente, Abin, entre outros, a operação vai ocupar a faixa de fronteira mais ‘quente’ do País.
Operações conjuntas
O Ministério da Defesa trabalha com o conceito de operações conjuntas em busca do adestramento das forças que constituem o eixo da defesa militar (Exército, Marinha e Aeronáutica). Os comandantes dessas forças, o general Enzo Peri, do Exército; o brigadeiro Juniti Saito, da Aeronáutica; e o almirante Júlio Souza de Moura Neto, da Marinha, atuam ‘alinhados’ com o general De Nardi.
Todos sabem da importância das operações conjuntas em todo o território nacional, garante o general. A próxima será a Ágata 5, realizada de 6 a 20 de agosto deste ano, que atuará nas fronteiras do Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Reconhecimento
A Presidência da República, por meio do ministro de Defesa, Celso Amorim, informou ter conhecimento de que o Brasil vive um outro momento histórico, no que se refere a defesa de suas fronteiras.
Para ele, a comunicação, inteligência, operações conjuntas, tecnologia e o emprego de tropas altamente adestradas são fundamentais para a segurança da nação.
Não por acaso, o Ministério da Defesa dispõe de mais de R$ 34 milhões anuais para serem investidos nas operações Ágatas, por exemplo.
a crítica/montedo.com