20 de junho de 2012

Maria do Rosário quer Marinha longe de quilombolas na Bahia

Ministra diz que pediu afastamento da Marinha de área quilombola na Bahia

Rio de Janeiro – A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, revelou nesta terça-feira (19/6) que pediu ao Ministério da Defesa para impedir o contato da Marinha com a comunidade quilombola do Rio dos Macacos (BA). Os militares foram acusados de atos de violência contra os moradores, recentemente, segundo denúncias encaminhadas ao Poder Público.
“Articulamos com o Celso Amorim [ministro da Defesa] para que exista um respeito e se tenha um afastamento dos quadros das Forças Armadas, da Marinha, dos moradores do quilombo”, disse a ministra, em entrevista na Cúpula dos Povos, evento da sociedade paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.
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A demarcação de terras quilombolas é um dos temas prioritários do movimento negro na cúpula e deve constar do documento final que será divulgado no último dia da conferência (22). Hoje, várias entidades ligadas à causa se encontram em uma plenária e marcaram uma passeata para esta quarta-feira (20/6), às 15h, partindo do Aterro do Flamengo em direção ao centro do Rio.
Sobre a questão do Rio dos Macacos, vizinha a uma base da Marinha, Maria do Rosário acrescentou que aguarda relatório técnico de identificação e de delimitação da comunidade, a cargo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Enquanto isso não ocorre, acompanhamos para que não exista essa interação [Marinha e quilombolas]. Eles têm o direito de estar ali com tranquilidade”, completou.
Antes de participar de debate na Arena Socioambiental, ao lado do Museu de Arte Moderna (MAM), a ministra disse que aposta na conferência da ONU para encontrar soluções para o planeta, mas destacou que a mobilização da sociedade civil também é importante. “A Rio+20 não é só um documento final. É a movimentação em torno da cidade, a Cúpula dos Povos, a atenção da sociedade às questões ambientais com inclusão social. É uma estratégia da ONU que pode oferecer muito, mas o principal é a festa democrática do povo”, concluiu.
Agência Brasil/montedo.com

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