Grupos armados usam crianças-soldado na Síria
Membros do Exército Livre da Síriafoto MUZAFFAR SALMAN/REUTERS |
O denominado Tribunal Internacional para a Infância Afetada pela Guerra e Pobreza, composto por organizações não governamentais, denunciou o uso de crianças-soldado por grupos armados a operarem na Síria.
O tribunal, composto por Organizações Não Governamentais (ONG) de vários países, refere no seu relatório anual, divulgado esta segunda-feira e dedicado à situação na Síria, que os grupos armados usam menores como combatentes e informadores, para colocarem bombas e até como atiradores furtivos.
Fundado pelo procurador argentino e ativista dos direitos humanos Faisal Sergio Tapia, o tribunal afirma ter documentado a morte de várias crianças no conflito sírio em consequência destas atividades.
Adianta ainda que o Exército Livre da Síria (ELS), que combate o regime do presidente Bashar al-Assad desde março de 2011, recrutou menores de idade para as suas fileiras.
O tribunal considera que as crianças sírias são as vítimas esquecidas do conflito que dura há 22 meses e já causou mais de 60 mil mortos e mais de 700 mil refugiados.
"A quantidade de vidas infantis que se perderam cresce diariamente. Menores de 14 anos são voluntários e em alguns casos pedem-lhes para fazerem tarefas perigosas de guerra. Sabe-se que colunas de 10 a 20 crianças fazem contrabando de armas na fronteira com a Turquia e montam guarda em postos de vigilância", indica o texto.
De acordo com a organização, os grupos armados sírios e africanos continuam a recrutar rapazes e raparigas, sendo por isso responsáveis de crimes de lesa humanidade contra a infância.
Jornal de Notícias/montedo.com