Um dos corações que foram transplantados naquela terça veio de Curitiba para o Rio | Reprodução/TV Globo |
DANIEL BRUNET
O Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, no Rio, vai realizar uma cerimônia para agradecer aos profissionais que, no dia 6 de fevereiro, "driblaram a violência no Rio para fazer dois transplantes de coração em 12h". Naquele dia, um menino de 13 anos e um homem de 20 morreram baleados no Complexo da Maré, no Rio, durante operação policial. Antes, uma criança de três anos tinha morrido baleada em tentativa de assalto na Zona Norte. Os casos geraram protesto pela cidade. Para que as manifestações não impedissem que os órgãos chegassem ao INC, militares montaram a chamada "Operação Transplante". Em geral, um coração precisa ser transplantado em até quatro horas depois de ser captado.
Um dos corações, captado em Saracuruna, em Duque de Caxias (RJ), venceu os bloqueios na Av. Brasil, Linhas Vermelha e Amarela, onde havia conflito entre bandidos e policiais. A solução foi o transporte via helicóptero.
O outro transplante salvou a vida de um menino de 12 anos. O órgão de um doador adulto de Curitiba chegou ao Rio com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). Do aeroporto ao INC, a ambulância com o coração doado foi escoltada por motocicletas da PM.
A ação contou com a ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB), do Corpo de Bombeiros do Rio (CBMERJ) e da Polícia Militar do Rio. Também serão homenageados a coordenação do Sistema Nacional de Transplantes (SNT); a coordenação do Programa Estadual de Transplante (PET); o cardiologista Alexandre Siciliano Colafranceschi e a enfermeira Tereza Cristina Guimarães, profissionais do INC que iniciaram e desenvolveram os projetos de melhorias no Serviço de Transplante e Insuficiência Cardíaca do Instituto.
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