Sargento denuncia perseguição dentro de unidade do CMA
Lotado na Polícia do Exército (PE), o sargento Jorge Bispo dos Anjos afirma que as perseguições teriam iniciado em fevereiro deste ano, resultando em punições
SÍNTIA MACIEL
Uma das punições aplicadas ao sargento Jorge Bispo, teria sido pela ausência no desfile militar deste ano, apesar dele ter apresentado justificativas (Arquivo A Crítica)
As constantes perseguições a que estaria sendo vítima, por parte de oficiais do Comando Militar da Amazônia (CMA), seriam denunciadas na manhã desta sexta-feira (9), no Ministério Público Federal (MPF/AM) localizado no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus, pelo sargento Jorge Bispo,
Há 20 anos no Exército e lotado na Polícia do Exército (PE), o sargento afirma que as perseguições teriam iniciado em fevereiro deste ano, resultando em punições. Uma delas por estar mal uniformizado e outra por ter faltado ao Desfile Militar do Sete de Setembro.
Entretanto, em relação ao desfile militar, de acordo com o próprio militar, ele teria sido dispensado em virtude de uma cirurgia a que foi submetido no joelho.
“Apresentei os atestados médicos comprovando a intervenção cirúrgica”, afirma Bispo.
Um dos oficiais citados por Bispo é o major Peixoto, que segundo o próprio sargento teria o denunciado na Justiça Militar pelo descumprimento de uma ordem, que ele afirma não ter ocorrido.
“Na verdade ele tentou me enquadrar em uma falha operacional, e em momento algum me deixou falar sobre o que havia ocorrido. Pedi a ele licença para retirar, bati continência e sai. Ele ficou gritando para eu retornar, para me humilhar”, afirma o sargento.
O mal entendido, conforme o sargento Jorge Bispo, teria resultado em um Inquérito Policial Militar (IPM), e posteriormente em um processo na Justiça Militar, cuja audiência será no próximo dia 14 de dezembro.
“O processo foi feito sem que eu fosse ouvido”, desabafa.
O CMA por meio de sua assessoria de comunicação informou que ao longo do dia se posicionaria sobre o caso.
A CRÍTICA/montedo.com