"...só vai parar as buscas quando achar este fuzil, não vai ter Semana Santa, Domingo de Páscoa. Nós estamos preparados, o fuzil tem que aparecer"
Capitão Coutinho, comandante do 16º Esquadrão de Cavalaria
Abaixo, duas ações dos militares na busca do FAL roubado no domingo
Bandidos entram em escola para esconder fardamento irregular e facas
Capitão Coutinho, comandante do 16º Esquadrão de Cavalaria
Abaixo, duas ações dos militares na busca do FAL roubado no domingo
Bandidos entram em escola para esconder fardamento irregular e facas
Niomar Pereira
Militares fazem varredura nos fundos da escola do bairro Padre Ulrico. |
O 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado fez uma verdadeira varredura ontem, 3, no bairro Padre Ulrico, em busca do fuzil FAL roubado na última quinta-feira de um soldado que estava de sentinela próximo ao muro do quartel. Na noite do dia 29, por volta das 21h30, um fuzil carregado com 20 balas foi roubado por dois homens que estavam em uma moto. Eles pararam perto da guarita da subida da Avenida Júlio Assis Cavalheiro e, com uma pistola, renderam o militar de prontidão, que se aproximou do muro e então foi obrigado a jogar o fuzil para a calçada.
Um carro de som circulou no bairro, por volta das 10 horas de ontem, anunciando a operação que seria realizada no período da tarde. Foi o suficiente para fazer os bandidos desovarem o material ilegal que tinham em casa. Eles entraram na Escola Municipal Nossa Senhora do Sagrado Coração e esconderam duas facas, coldres e fardamento que imita a roupa do Exército Brasileiro. A audácia dos criminosos segue impressionando a sociedade beltronense. Depois de assaltar o Exército, entraram em uma escola em plena luz do dia, com a presença de centenas de crianças, para esconder material ilegal. O Exército procurou em todos os cantos, com detector de metal, mas não encontrou nenhuma outra pista. Além disso, diversas equipes de militares vasculharam as áreas públicas em busca do fuzil.
Jornal de Beltrão/montedo.com
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O refúgio descoberto na mata. |
O refúgio ou abrigo é subterrâneo. Os responsáveis escavaram uma área de dois metros de profundidade por cerca de cinco metros de comprimento. Para esconder o buraco foram colocados caules de árvores, lona plástica e, para camuflagem, galhos de árvores.
Neste refúgio foram encontrados dois sofás, salgadinhos e doces. Para chegar até ele é preciso caminhar debaixo de bambus e vegetação rasteira. Para o capitão Coutinho Nascimento, comandante do 16º Esquadrão, este abrigo subterrâneo "pode servir para ´esfriar´ pessoas, armamentos, drogas e cativeiro para alguém sequestrado". Ele afirmou que um local destes é difícil para achar pessoas sequestradas.
Capitão Coutinho enfatizou, nas entrevistas à imprensa, que "só vai parar as buscas quando achar este fuzil, não vai ter Semana Santa, Domingo de Páscoa. Nós estamos preparados, o fuzil tem que aparecer". Ele destacou que "a população e a imprensa são grandes companheiros. A coletiva à imprensa de sexta-feira foi de uma importância fenomenal".
Ele frisou também o apoio das polícias Civil e Militar e da Prefeitura de Beltrão ao trabalho de buscas.
Domingo, dia 1º, por volta das 10 horas da manhã, soldados e oficiais passaram com equipamentos, caminhões, caminhonetes e armamentos pela Rua Marília, no bairro Padre Ulrico. Uma moradora que pediu para ter seu nome não divulgado disse ter gostado da passagem pelo bairro, que tem problemas de criminalidade.
Jornal de Beltrão/montedo.com