Anayra Benevides . portal@d24am.com
Os militares da “Operação Liberdade”, iniciada no dia 1º deste mês, resgataram 10 reféns que estavam em poder das Forças Armadas Revolucionárias Colômbia–Exército do Povo (Farc)
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Os militares envolvidos na “Operação Liberdade”, iniciada no dia 1º deste mês para resgatar de 10 reféns que estavam em poder das Forças Armadas Revolucionárias Colômbia–Exército do Povo (Farc), além das duas aeronaves da Aviação do Exército (BAvEx), pousaram no Comando Militar da Amazônia (CMA), nesta tarde de quinta-feira (5).
As aeronaves partiram da cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), na manhã do dia 1º de abril, com destino à cidade colombiana Villaviencio, situada a cerca de 95km a sudeste de Bogotá. Segundo o comandante do 4º batalhão do CMA, tenente coronel Aguiar, o resgate durou aproximadamente 6 horas e no fim todos retornaram às suas famílias.
"No local encontramos os 10 liberados, seis militares do mesmo país e quatro da Colômbia. Eles pareciam cansados, obviamente, mas com a integridade física preservada. Realizamos a operação de forma segura para entregá-los às famílias. Sentimos muita satisfação pela confiança depositada em nós", disse.
A área em que a operação foi realizada é conhecida como Amazônia Colombiana, o que facilitou o andamento da ação, uma vez que as condições da floresta já são conhecidas pelo batalhão.
"O local que executamos o resgate foi a área amazônica-colombiana, uma área bastante semelhante a que estamos acostumados a operar na região da Amazônia Brasileira. As condições são as mesmas que encontramos aqui no dia a dia das nossas missões, era uma área próxima à selva, descampada. As condições meteorológicas também eram as mesmas. Estávamos preparados para realizar mais do que realizamos, se fosse necessário", explicou Aguiar.
Questionado sobre futuras missões em outros países, o chefe do CMA, general Franklimberg, declarou que o Comando estará sempre disposto a ajudar, mas que a decisão não cabe ao mesmo.
"Naturalmente cabe ao governo brasileiro decidir se vamos participar dessas missões. Nós somos apenas executantes. Quando o governo decide realizar essas operações, nós recebemos as nossas ordens pelo intermédio do Ministério da Defesa e assim, o CMA executa a missão por intermédio do 4º batalhão. Mas estaremos sempre prontos, caso acionados para participar desse tipo de operação", explicou.
O resgate foi comandado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), organização independente que leva assistência humanitária às pessoas afetadas por conflitos e pela violência armada. De acordo com Sandra Lefcovitch, assessora do CICV, o governo brasileiro tem sido muito eficiente nas missões junto à entidade.
"Para o comitê internacional é muito importante a parceria que tem se revelado com o governo do Brasil. Neste caso, operacionalmente na Colômbia, com o 4º Batalhão de Aviação do Exército e também em outros contextos em que trabalhando juntos. É cada vez mais afinada a nossa parceria e o resultado tem sido sempre exitoso", concluiu.
D24am/montedo.com