Crea-RJ vai pedir informações sobre caso IME
Entidade quer saber se há engenheiros com registro envolvidos no cartel para ganhar licitações que está sendo investigado
Martha Neiva Moreira
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) vai pedir informações hoje ao Ministério Público Militar. A entidade quer saber se há profissionais com registro profissional do Crea-RJ envolvidos no cartel criado no Instituto Militar de Engenharia (IME) para vencer licitações de obras pagas com dinheiro público.
- Vamos fazer um pedido formal para o MPM para saber se há profissionais com registro do Crea-RJ envolvidos no esquema. Se houver, teremos que convocá-los para dar explicações - disse Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ.
Reportagem publicada ontem no GLOBO revelou que o MP Militar investiga 12 empresas, cujos sócios eram parentes ou possíveis laranjas de oficiais que já estiveram lotados no instituto. Segundo a investigação, as empresas prestaram serviços de consultoria de obras públicas, como melhorias na BR-101, e receberam pelos serviços um valor total que chega a R$15,3 milhões. A reportagem revelou ainda que nenhuma das firmas funciona nos endereços fornecidos à Receita Federal e que os sócios declaram morar em comunidades pobres do Rio.
Algumas das firmas teriam sido criadas apenas para vencer as concorrências e, poucos dias depois de abertas, já estavam à frente de projetos do IME, em geral em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes. Os valores eram liberados de forma ágil, sendo a maior parte por meio de ordens bancárias.
Até o próximo dia 20, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que congrega os 27 Creas do país, deve lançar campanha nacional para combater a corrupção na construção civil.
- O setor de construção é, pelo grande aporte de verbas, muito suscetível à corrupção. E isso não é um problema do Brasil. Por isso vamos lançar a campanha, com apoio de entidades como o Instituto Ethos e o Transparência Brasil - disse Marcos de Melo, presidente do Conselho Federal.
Procurada pelo GLOBO, a assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes informou que não se pronunciaria.
Entidade quer saber se há engenheiros com registro envolvidos no cartel para ganhar licitações que está sendo investigado
Martha Neiva Moreira
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) vai pedir informações hoje ao Ministério Público Militar. A entidade quer saber se há profissionais com registro profissional do Crea-RJ envolvidos no cartel criado no Instituto Militar de Engenharia (IME) para vencer licitações de obras pagas com dinheiro público.
- Vamos fazer um pedido formal para o MPM para saber se há profissionais com registro do Crea-RJ envolvidos no esquema. Se houver, teremos que convocá-los para dar explicações - disse Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ.
Reportagem publicada ontem no GLOBO revelou que o MP Militar investiga 12 empresas, cujos sócios eram parentes ou possíveis laranjas de oficiais que já estiveram lotados no instituto. Segundo a investigação, as empresas prestaram serviços de consultoria de obras públicas, como melhorias na BR-101, e receberam pelos serviços um valor total que chega a R$15,3 milhões. A reportagem revelou ainda que nenhuma das firmas funciona nos endereços fornecidos à Receita Federal e que os sócios declaram morar em comunidades pobres do Rio.
Algumas das firmas teriam sido criadas apenas para vencer as concorrências e, poucos dias depois de abertas, já estavam à frente de projetos do IME, em geral em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Ministério dos Transportes. Os valores eram liberados de forma ágil, sendo a maior parte por meio de ordens bancárias.
Até o próximo dia 20, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que congrega os 27 Creas do país, deve lançar campanha nacional para combater a corrupção na construção civil.
- O setor de construção é, pelo grande aporte de verbas, muito suscetível à corrupção. E isso não é um problema do Brasil. Por isso vamos lançar a campanha, com apoio de entidades como o Instituto Ethos e o Transparência Brasil - disse Marcos de Melo, presidente do Conselho Federal.
Procurada pelo GLOBO, a assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes informou que não se pronunciaria.
O GLOBO