16 de julho de 2011

"LOBO SOLITÁRIO": FAMÍLIA SCHÜRMANN ENCONTRA SUBMARINO ALEMÃO AFUNDADO NO LITORAL CATARINENSE

Família Schürmann encontra submarino alemão U-513 depois de dois anos de buscas
Vilfredo Schurmann fez o comunicado direto do veleiro Aysso, no litoral de Santa Catarina
Lobo Solitário foi achado na noite de quinta-feira após dois anos de procura
U 513
A família Schürmann desembarcou na tarde desta sexta-feira em Itajaí, no Litoral Catarinense, trazendo informações sobre a descoberta na noite de quinta-feira do submarino alemão U-513 naufragado em 19 de julho de 1943.

Exibir mapa ampliado
Após embarcar no sábado, a família detectou nesta semana, através de um aparelho, uma grande quantidade de metal no fundo do mar. Desconfiados de que se tratava do submarino nazista — pelo qual procuravam havia dois anos — os tripulantes fizeram imagens para tentar identificar o objeto.
Como as fotos tiradas com o equipamento disponível na embarcação tinham baixa resolução, não foi possível saber se o objeto de metal era mesmo o submarino. Por isso, na quarta-feira, a família Schürmann voltou à terra para buscar um aparelho que permite fazer imagens em alta resolução.
do Flickr
Foi na noite de quinta-feira, por volta de 22h, que a família Schürmann conseguiu identificar o submarino alemão no fundo do mar. Em seguida, o capitão da expedição Vilfredo Schürmann emitiu um comunicado via satélite informando sobre a descoberta.

Desde a 2ª Guerra Mundial
Os submarinos destacados no mapa referem-se àqueles que afundaram navios brasileiros (do site Sentando a Pua)
Durante a Segunda Guerra, pelo menos 10 submarinos alemães afundaram na costa brasileira. Apenas este foi encontrado. Ele pertencia ao capitão Friedrich Fritz Guggenberger, condecorado por Adolf Hitler com a Cruz de Ferro por ter abatido um porta-aviões inglês — e capturado pelos aliados justamente em Santa Catarina.
DIÁRIO CATARINENSE


COMANDANTE GUGGENBERGER E O SEU TRÁGICO FIM DE VIDA


Com o afundamento do seu submarino, a carreira do comandante Friedrich Guggenberger (foto) não terminou. Pelo contrário, durou ainda muito tempo. Depois de ficar à deriva no mar, foi recolhido pelo navio norte americano US Barnegate. Ferido gravemente, foi levado aos Estados Unidos e durante vários meses permaneceu em um hospital, sendo transferido depois para o campo de “Papago Park”, perto de Phoenix, no Arizona. Em 23 de dezembro de 1944, ele e mais 24 tripulantes de U-Boats, incluindo Hans Werner Kraus, do U-199, escaparam.
Guggenberger foi recapturado em janeiro de 1945, quando já estava próximo à fronteira mexicana. Certamente pensava em abrigar-se no Paraguai ou Argentina, onde os nazistas encontravam guarida segura. Foi libertado pelos Estados Unidos em agosto de 1946.Tornou-se arquiteto e regressou à Marinha Alemã em 1956. Depois, graduou-se no Colégio Naval de Guerra de Newport, nos Estados Unidos. Durante quatro anos foi contra-almirante da NATO ( OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte), até que aposentou-se, em 1972. Em maio de 1988 Friedrich Guggenberger entrou em uma floresta, perto de sua casa na aldeia de Erlenbach am Main, na fronteira noroeste da Baviera. Era um passeio, mas o ex-comandante sumiu. Estava com 75 anos. Seu corpo só foi encontrado dois anos depois.
Até hoje, a morte de Guggenberger continua envolta em mistério. Mistério que cerca, também, a história dos submarinos alemães que navegavam pelas águas do Atlântico sul.
BLOG PzD

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