Partiu missão humanitária para libertações em Colômbia
Villavicencio, Colômbia - Uma missão humanitária partiu hoje desde Villavicencio, Meta, para um ponto da selva colombiana estabelecido pela guerrilha para recolher a um grupo de soldados e polícias que será liberto unilateralmente.
A bordo de um helicóptero facilitado pelo governo do Brasil e com os emblemas da Cruz Vermelha, a delegação iniciou vôo sobre as 10:30 hora local (15:30 GMT), depois de um atraso de várias horas por condições climáticas adversas.
O outro helicóptero que faz parte de processo permanecerá em terra ante qualquer eventualidade que se apresentar.
Entretanto, se prevê que a aeronave que decolou regresse em horas da tarde com o primeiro grupo de libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (FARC), ainda que todo dependerá das condições climáticas na zona de entrega.
A missão está encabeçada pela pacifista e ex-senadora Piedade Córdoba, quem viajou acompanhada de um delegado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Olga Amparo Sánchez, diretora da Casa da Mulher.
Em Villavicencio os libertados receberão as primeiras atenções e depois serão deslocados a Bogotá e internados ao Hospital Militar, onde serão avaliados com maior rigor, e uma vez forem dados de alta poderão se dirigir aos meios de comunicação.
Enquanto isso, como parte do protocolo lembrado pelos coordenadores e garantes do operativo, as operações militares foram suspensas desde ontem às 18:00 hora local (23:00 GMT) e até manhã às 06:00 hora (11:00 GMT).
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O segundo cesse de ações será em similar horário desde a terça-feira e até a quinta-feira 5 de abril.
Este operativo de libertações se ativará novamente na quarta-feira, para finalizar assim um processo de grande transcendência política, toda vez que se trata dos últimos prisioneiros de guerra em poder das FARC.
Em Villavicencio, epicentro do operativo, se encontra desde ontem o prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú, juntos a outras mulheres de relevância internacional para acompanhar o processo, apesar à negativa do governo.
Entre estas destacam a neta do revolucionário mexicano Emiliano Zapata, Margarita Zapata; a presidenta do Conselho Mundial pela Paz, o brasileira Socorro Gomes, e a esposa do ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, Xiomara Castro.
Também se encontram ali uma das fundadoras das Mães Praça de Maio, a argentina Mirta Baravalle, e a salvadorenha Nidia Díaz, deputada do Parlamento Centro-americano.
Por outra parte, Córdoba significou que estas libertações são um gesto evidente de paz por parte das FARC.
Prensa Latina/montedo.com