Gelio Fregapani
País que não tem Forças Armadas capazes de defendê-lo convida o estrangeiro a impor seus interesses. Considerando os recursos naturais com que a natureza dotou o nosso território, escassos no resto do mundo, nossa atenção necessita ser redobrada.
A União faz a Força
O fanatismo leva a radicalização e costuma criar problemas. Quando abrange todo um povo frequentemente o torna um problema mundial, mas é pior quando há facções radicais antagônicas no interior da mesma nação. Essa nação se enfraquecerá em face de qualquer inimigo e pode chegar a se esfacelar.
É incrível como tem gente que não aprende. A História mostra que os radicalismos provocam reações contrárias, num ciclo vicioso de auto-alimentação Os esquerdistas radicais, buscando revanche acabarão por criar uma nova revolução. Tanto provocarão que terminarão por jogar nas mãos seus radicais adversários, mesmo os que desejariam a união nacional.
Claro, do lado anticomunista também existem radicais, em parte criados pela reação aos radicais adversários. Alguns deles, mesmo entre meus amigos, que me dão a impressão de colocar seus pensamentos políticos acima da própria Pátria da mesma forma que os radicais comunistas, são tão prejudiciais quanto os radicais do outro lado. Felizmente também lhes falta inteligência, pois afastam seus aliados chamando-os de “melancias” (verdes por fora e vermelhos por dentro) quando alguém lembra o conselho do grande Caxias: “Unamo-nos e marchemos ombro a ombro e não peito a peito, em defesa da Pátria que é nossa mãe comum” Esses radicais, de ambos os lados, é melhor que sejam ignorados, pois causam a desunião, e a desunião causa a ruína.
Si Vis Pacem Para Belum
É necessário enfatizar que quem deseja a paz, que se prepare para a guerra! País que não tem Forças Armadas capazes de defendê-lo convida o estrangeiro a impor seus interesses. Considerando os recursos naturais com que a natureza dotou o nosso território, escassos no resto do mundo, nossa atenção necessita ser redobrada.
Já lembrava Bismark: “Riquezas naturais em território de quem não quer ou não pode explorar deixam de constituir uma vantagem e passam a ser um perigo para seus detentores”. Acrescentaríamos: pior ainda será para quem não as puder ou não quiser defender.
Foi publicado na Internet, mas não deu para acreditar
- A presidente Dilma quer um avião maior, e estaria avaliando a compra de um Boeing 747 similar ao Air Force One, aeronave usada pelo presidente dos EUA.- Consta que o governo da Índia usa um da Embraer.
- A Codevasf teria assinado um contrato de cooperação técnica com o Corpo de Engenheiros do Exército Americano para consultoria, visando ao desenvolvimento da hidrovia do São Francisco. – As nossas Engenharias (Militar ou civil) precisam disto? Estranho.
- Um programa de licitação que será lançado nos próximos meses pelo governo federal deve abranger a exploração de uns 4 mil quilômetros em sete rodovias – Cairão nas mãos de estrangeiros? Quando o Brasil era pobre construiu as estradas. Agora que se acha rico as aluga, sabe-se lá para quem.
- A presidente teria um plano de concessões de portos e aeroportos que seria anunciado em agosto – Novamente na mão de estrangeiros ou de empresários internacionalizados?
A boa notícia
O governo da presidente Dilma tem dado mostras de que tenciona enquadrar as políticas referentes aos assuntos indígenas e ambientais aos interesses maiores da nação, reduzindo a influência das ONGs na formulação das mesmas. A atuação na Rio+20 foi uma manifestação desse impulso, tanto que os promotores da ideologia indigenista iniciaram ruidosos protestos. O apátrida Conselho Missionário Indigenista (CIMI) reclamou que "a intenção do governo é estancar de vez os procedimentos de reconhecimento e demarcação de terras indígenas”. (CIMI, 17/07/2012).
Maldosamente as ONGs dizem que o Governo dobra os joelhos, rezando a cartilha do capital ditada pelo agronegócio cada vez que seus interesses internacionais são contrariados. O Instituto Socioambiental (ISA), em sua nota à imprensa, fez coro às críticas contra a possibilidade de construção de usinas hidrelétricas e instalações militares sem consultas prévias aos indígenas, considerando que "a decisão afronta a Declaração da ONU para os Povos Indígenas e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que foram ratificadas pelo Brasil" (ISA, 18/07/2012).
O que assusta às ONGs é que o Governo agora parece pensar no Brasil, e na integridade territorial. Sentem que seu tempo está acabando. Mais cedo ou mais tarde, até a demarcação da Raposa-Serra do Sol será revista.
A perigosa desindustrialização
Nossa indústria está encolhendo e isto preocupa. Corremos o risco de nos limitarmos a produção agropecuária e de minérios, acompanhada de uma atrofia de nossa capacidade tecnológica e de desenvolvimento. As causas? Logo pensamos no excesso de impostos, na burocracia e nos altos juros que emperram qualquer empreendimento e tornam mais rendosas as aplicações especulativas do capital do que seu uso em empreendimentos produtivos e na deficiente infra-instrutura dos transportes.
Tudo isto é real, e está sendo equacionado, pela primeira vez em mais de duas décadas de maus governos, mas precisamos ir mais fundo. A perda estaria associada à reduzida capacidade de inovação da grande maioria dos segmentos produtivos da indústria nacional. Nossaindústria estagnou porque não inova. E não inova porque suas matrizes estão no estrangeiro, que jamais abrirá mão de manter a exclusividade da inovação tecnológica. Este caminho só nos tornará uma plataforma de produção das megaempresas multinacionais. É ridículo falar em inovação tecnológica com a indústria desnacionalizada, com os centros das decisões situado s no exterior. Se a indústria não for realmente nacional, jamais terá chance de ser competitiva.
E daí? Como se pode criar uma indústria nacional? – Que falta de imaginação: chega não bloquear os empreendedores nacionais. Lembram do Gurgel e sua fábrica de pequenos carros? Foi bloqueado pelos governos de São Paulo e do Ceará. Não sendo suficiente faça-se como a China: lá, qualquer indústria estrangeira para se instalar tem que se associar à uma nacional, com 51% de propriedade da nacional. Não basta? Crie-se empresas estatais; mirem-se na Petrobrás. E, quando tudo falhar, entreguem aos militares. Quem consegue desenvolver reatores nucleares conseguirá desenvolver qualquer coisa, se receber ordens e meios.
Resultados do desarmamento
Na cidade de São Paulo os casos de homicídios dolosos subiram 38% em um ano. Em junho de 2011, foram 83 casos (com 90 mortos, já que alguns deles tiveram mais de uma vítima) de homicídios. É a consequencia lógica da certeza que não haverá reação.
Dos Estados Unidos chegam notícias de novo massacre num cinema, com dezenas de mortes. Houvessem lá três Pessoas de Bem armadas o massacre não haveria, ou seria interrompido no começo.
O tempo voa, e não volta atrás. Está passando da hora de agir!
Que Deus guarde a todos nós.