26 de maio de 2018

General diz que governo "não imagina" Exército em confronto com caminhoneiros

Prioridade é liberar acesso às refinarias, diz ministro da Defesa
O general Joaquim Silva e Luna deu detalhes de como as Forças Armadas vão atuar durante a vigência do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

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Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, deu detalhes de como as Forças Armadas vão atuar durante a vigência do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), anunciado na tarde desta sexta-feirapelo presidente Michel Temer, e que tem abrangência em todo o território nacional até o dia 4 de junho.
"Estabelecemos uma série de prioridades para o emprego dos meios e a principal preocupação são as refinarias para, a partir de lá, poder abastecer", afirmou.
O governo também confirmou que houve desobstrução total do acesso à Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, uma das maiores do país em capacidade instalada para o refino de petróleo.

Uso de caminhões da Petrobras
Uma das tarefas das Forças Armadas, explicou o general, será utilizar caminhões da própria Petrobras, que estão parados dentro das refinarias, para transportar combustível para os postos de abastecimento.
O ministro também garantiu que as Forças Armadas têm recursos suficientes para executar a operação de desbloqueio das rodovias, inclusive combustível para abastecer os veículos militares. "Temos entre 35 e 45 dias de reserva de combustível", assegurou.
Silva e Luna evitou cravar um prazo para a normalização do abastecimento e disse que a ação dos militares "não é contra os caminhoneiros, mas para permitir o direito de ir e vir".
Ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, da Secretaria de Governo, Carlos Marun, da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, durante entrevista - Wilson Dias / Agência Brasil
Aeroportos
Em relação aos aeroportos, o ministro da Defesa destacou que 11 deles estão em situação crítica de abastecimento e são prioridades do governo, incluindo os terminais de Recife, Brasília e Salvador. Outros aeroportos, como os do Rio de Janeiro, de acordo com o ministro, não passam por problemas graves de abastecimento porque possuem gasodutos com conexão direta às distribuidoras de combustível.
Uma sala de situação foi montada pelo governo para acompanhar os desdobramentos da greve dos caminhoneiros e o cumprimento da GLO, e inclui a participação de diversos ministérios, como Casa Civil, Secretaria de Governo, Defesa, Segurança Pública, Transportes, Agricultura, além da Advocacia Geral da União (AGU). Estão previstas reuniões entre os ministros ao longo de todo o fim de semana, no Palácio do Planalto.
Além da GLO, o governo informou que estuda a edição de um outro decreto, com base na Constituição Federal, que permitirá a requisição de bens, incluindo caminhões parados em transportadoras, para distribuição de alimentos, combustíveis, medicamentos e outros insumos. Nesses casos, integrantes das forças de segurança federais e estaduais poderão dirigir os caminhões.
O Dia/montedo.com

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