Entrevista // General Américo Salvador de Oliveira
"O pernambucano é solidário"
Lidar com situações adversas, como a que existe no interior do estado por causa das enchentes, faz parte da rotina do general Américo Salvador de Oliveira. O paulista nascido em Santos é o responsável pelo Comando Militar do Nordeste, divisão do Exército Brasileiro que está apoiando as ações de reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. Experiência sobre o assunto o general tem demais. Ele comandou a primeira turma de militares brasileiros que foi prestar serviços humanitários no Haiti, antes mesmo dos terremotos que devastaram o país caribenho no início do ano.
O general também fez parte da equipe que realizou salvamentos nas cheias registradas em Santa Catarina, no Sul do Brasil. Para ele, diante do caos ocorrido nos municípios pernambucanos, ainda existem fatos impressionantes. "Estou comovido com as demonstrações de solidariedade do povo pernambucano. E com a vontade dos desabrigados em ficar nas suas cidades de origem. Em qualquer lugar do mundo as pessoas já teriam saído para outros lugares", analisou. Em entrevista exclusiva ao Diario de Pernambuco, o comandante militar do Nordeste informou que as áreas alagadas nas últimas enchentes eram as mesmas observadas nas cheias de 2000. "Precisamos evitar que as pessoas voltem a construir suas casas nesses locais, como aconteceu há dez anos. Caso contrário, podem ocorrer outras tragédias", alertou. Américo Salvador de Oliveira ressaltou, no entanto, que diferentemente do Haiti, em Pernambuco há uma ação forte do Poder Executivo. Essa diferença, segundo o general, é essencial para o restabelecimento da rotina dos municípios arrasados. (Mirella Marques)
Haiti x Pernambuco Antes de ser chamado pelo governo para ajudar nas áreas afetadas pelas enchentes em Pernambuco, o general comandou tropas brasileiras no Haiti, em 2004. Há seis anos, o país caribenho sofreu com enchentes que causaram a morte de mais de 3 mil pessoas. Atualmente, o Exército está atuando nas cidades de Palmares, Água Preta e Barreiros. "A demanda é que vai determinar o tempo que o efetivo ficará nesses municípios", informou. No Haiti, explica, o Exército comandava as ações. Aqui em Pernambuco, os soldados usam sua experiência para auxiliar as ações determinadas pelo governo. "Ter essa iniciativa do Poder Executivo é muito importante. No Haiti, a reconstrução das cidades era mais difícil porque a ajuda só vinha das organizações civis. Pernambuco tem tudo para voltar à vida normal o mais breve possível. Não é possível, no entanto, saber a data precisa em que isso vai acontecer. Vai depender de quando as obras comecem", avaliou. O militar relembrou que, no último dia 22 de junho, vários ministros já estavam avaliando os estragos das águas em Pernambuco. "No dia 24, o próprio presidente esteve aqui. É uma demonstração de quanto esta tragédia é levada à sério." Ele também citou o restabelecimento da energia elétrica e das comunicações como um ponto a favor do estado. Em Alagoas, destacou, muitas cidades ficaram às escuras por muitos dias. Leia mais.
Lidar com situações adversas, como a que existe no interior do estado por causa das enchentes, faz parte da rotina do general Américo Salvador de Oliveira. O paulista nascido em Santos é o responsável pelo Comando Militar do Nordeste, divisão do Exército Brasileiro que está apoiando as ações de reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. Experiência sobre o assunto o general tem demais. Ele comandou a primeira turma de militares brasileiros que foi prestar serviços humanitários no Haiti, antes mesmo dos terremotos que devastaram o país caribenho no início do ano.
O general também fez parte da equipe que realizou salvamentos nas cheias registradas em Santa Catarina, no Sul do Brasil. Para ele, diante do caos ocorrido nos municípios pernambucanos, ainda existem fatos impressionantes. "Estou comovido com as demonstrações de solidariedade do povo pernambucano. E com a vontade dos desabrigados em ficar nas suas cidades de origem. Em qualquer lugar do mundo as pessoas já teriam saído para outros lugares", analisou. Em entrevista exclusiva ao Diario de Pernambuco, o comandante militar do Nordeste informou que as áreas alagadas nas últimas enchentes eram as mesmas observadas nas cheias de 2000. "Precisamos evitar que as pessoas voltem a construir suas casas nesses locais, como aconteceu há dez anos. Caso contrário, podem ocorrer outras tragédias", alertou. Américo Salvador de Oliveira ressaltou, no entanto, que diferentemente do Haiti, em Pernambuco há uma ação forte do Poder Executivo. Essa diferença, segundo o general, é essencial para o restabelecimento da rotina dos municípios arrasados. (Mirella Marques)
Haiti x Pernambuco Antes de ser chamado pelo governo para ajudar nas áreas afetadas pelas enchentes em Pernambuco, o general comandou tropas brasileiras no Haiti, em 2004. Há seis anos, o país caribenho sofreu com enchentes que causaram a morte de mais de 3 mil pessoas. Atualmente, o Exército está atuando nas cidades de Palmares, Água Preta e Barreiros. "A demanda é que vai determinar o tempo que o efetivo ficará nesses municípios", informou. No Haiti, explica, o Exército comandava as ações. Aqui em Pernambuco, os soldados usam sua experiência para auxiliar as ações determinadas pelo governo. "Ter essa iniciativa do Poder Executivo é muito importante. No Haiti, a reconstrução das cidades era mais difícil porque a ajuda só vinha das organizações civis. Pernambuco tem tudo para voltar à vida normal o mais breve possível. Não é possível, no entanto, saber a data precisa em que isso vai acontecer. Vai depender de quando as obras comecem", avaliou. O militar relembrou que, no último dia 22 de junho, vários ministros já estavam avaliando os estragos das águas em Pernambuco. "No dia 24, o próprio presidente esteve aqui. É uma demonstração de quanto esta tragédia é levada à sério." Ele também citou o restabelecimento da energia elétrica e das comunicações como um ponto a favor do estado. Em Alagoas, destacou, muitas cidades ficaram às escuras por muitos dias. Leia mais.