O governo argentino pediu neste sábado à Grã-Bretanha que se abstenha de realizar exercícios militares com disparos de mísseis previstos para as Ilhas Malvinas, cuja soberania é disputada pelos dois países, indicou uma declaração da chancelaria em Buenos Aires.
"O governo argentino expressa sua mais enérgico e formal protesto ante a pretensão de realizar esse exercício militar e exige do governo britânico que se abstenha de realizá-los", assinala a declaração oficial.
No comunicado, o governo da presidente Cristina Kirchner adverte, além disso, que esses exercícios militares, cuja data não foi indicada ainda, podem "gerar uma corrida armamentista na região".
Segundo a declaração argentina, o anúncio desses exercícios no arquipélago foi comunicado na sexta-feira pelas forças britânicas ao Serviço de Hidrografia Naval argentino, subordinado à Marinha de Guerra.
As relações entre Buenos Aires e Londres registraram vários atritos em 2010 depois da decisão britânica de autorizar a empresas privadas a prospecção de petróleo nas águas em torno das Malvinas.
O governo também denunciou novamente neste sábado que Londres não cumpre os pedidos da ONU para que ambos os países iniciem negociações pela disputa da soberania nas Malvinas, ocupadas pela nação europeia desde 1833.
AFP