Chuva fininha no céu de Natal (RN). “Não choveu nenhum dia desses. (Hoje) Deve ser por causa da despedida”, dizia um mecânico do avião. Chovia também um pouco dos olhos dos pilotos. A chuva, a dos céus, parou. Abriu o sol definitivo e os homens vestidos de macacão, de alegria e de saudade andaram em direção ao guerreiro alado com olhares fixos. Dez aeronaves AT-26 Xavante foram pouco a pouco sendo acionadas, decolaram e tomaram os céus da capital potiguar. O dia 2 de dezembro ficará na mente dos dez pilotos do Primeiro Esquadrão do Quarto Grupo de Aviação, e de outros militares da ativa e da reserva, que voaram na posição de segundo piloto. Era o voo de despedida do caça depois de 39 anos a serviço ao Brasil. Trinta minutos depois pousaram. Os pilotos desciam e tocavam na aeronave. Sorriam e celebravam a nostalgia. Era uma profusão de sentimentos díspares, mas compreensíveis para quem entende o que significa dizer adeus a um amigo.
Depois do pouso de nove aeronaves, começou a solenidade presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito. Ele foi acompanhado por membros do Alto-Comando da instituição, por antigos comandantes do esquadrão, de um dos heróis brasileiros na Segunda Guerra, Major-Brigadeiro José Meira de Vasconcelos, além de representantes da sociedade civil do Rio Grande do Norte. Todos puderam assistir à chegada da última aeronave que ainda estava nos céus, pilotada pelo comandante do esquadrão, Tenente-Coronel Fernando Mauro Medardoni, na qual voou também o Comandante do Terceira Força Aérea, Major-Brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez. A tropa, em posição de sentido, contemplava o momento histórico. “Missão cumprida, guerreiro alado”, disse o oficial-general depois do pouso.
Um monumento alusivo à data da desativação dos AT-26 foi inaugurado pelo Comandante da Aeronáutica. Na homenagem, estão duas placas com as ordens do dia relativas ao evento e o símbolo do Esquadrão Pacau. O Comandante Geral de Operações Aéreas, Tenente-Brigadeiro Gilberto Antonio Saboya Burnier disse: “Hoje é um dia para olhar para os céus, para a história, para nossas próprias razões e emoções de piloto”, e enfatizou ser o Xavante o “glorioso Treinador de várias gerações de caçadores”. Nas palavras do Comandante da Terceira Força Aérea, o Xavante também foi homenageado. “A história deste guerreiro que se despede hoje da sua vida operacional ficará registrada em nossas mentes, no costumaz e inesquecível barulho, no som que atravessou o tempo, deixando imagens vivas em todos aqueles que voaram com ele”. As palavras definiam o estado de espírito.
Um dos primeiros pilotos de AT-26, o Tenente-Brigadeiro Ivan Frota, aos 80 anos, também participou do último voo da aeronave que entra para a história. “É um dos momentos mais importantes da minha vida”. Ele foi a Itália no início da década de 70 para fazer o relatório que indicava o avião para ser montado sob licença no Brasil pela Embraer e assim propiciar mais um grande passo para a indústria aeronáutica no Brasil. O Major-Brigadeiro Lauro Ney Menezes, antigo comandante do Pacau, também enfatizou o valor do momento. “As pessoas e as aeronaves passam. Ficam as atitudes, a experiência e o estado de espírito”, disse.
Nova geração – A solenidade contou ainda com a formatura de novos pilotos de caça do 2º/5º GAV e de helicópteros do 1º/11º GAV e após um ano de especialização com o avião Super Tucano A-29 e da aeronave H-50. “Foi uma solenidade muito especial mesmo porque tivemos tanto a despedida do Xavante como a formatura desses novos pilotos”, disse o Comandante da Aeronáutica em entrevista ao site da FAB. O Comandante ainda acrescentou a importância da transferência do 1º/4º GAV para Manaus.
Ao fim da solenidade, os AT-26 foram sendo retirados, um a um, do estacionamento de aeronaves. Permaneceram os A-29 Super Tucano. Como num encontro de épocas, de histórias fortes e vívidas. A despedida do Xavante em alto estilo teve a companhia do sol, que acabou por secar as lembranças da chuva do início da manhã. O céu se abriu e a alegria tomou conta da saudade.
Saiba mais sobre o Xavante no site especial
Depois do pouso de nove aeronaves, começou a solenidade presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito. Ele foi acompanhado por membros do Alto-Comando da instituição, por antigos comandantes do esquadrão, de um dos heróis brasileiros na Segunda Guerra, Major-Brigadeiro José Meira de Vasconcelos, além de representantes da sociedade civil do Rio Grande do Norte. Todos puderam assistir à chegada da última aeronave que ainda estava nos céus, pilotada pelo comandante do esquadrão, Tenente-Coronel Fernando Mauro Medardoni, na qual voou também o Comandante do Terceira Força Aérea, Major-Brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez. A tropa, em posição de sentido, contemplava o momento histórico. “Missão cumprida, guerreiro alado”, disse o oficial-general depois do pouso.
Um monumento alusivo à data da desativação dos AT-26 foi inaugurado pelo Comandante da Aeronáutica. Na homenagem, estão duas placas com as ordens do dia relativas ao evento e o símbolo do Esquadrão Pacau. O Comandante Geral de Operações Aéreas, Tenente-Brigadeiro Gilberto Antonio Saboya Burnier disse: “Hoje é um dia para olhar para os céus, para a história, para nossas próprias razões e emoções de piloto”, e enfatizou ser o Xavante o “glorioso Treinador de várias gerações de caçadores”. Nas palavras do Comandante da Terceira Força Aérea, o Xavante também foi homenageado. “A história deste guerreiro que se despede hoje da sua vida operacional ficará registrada em nossas mentes, no costumaz e inesquecível barulho, no som que atravessou o tempo, deixando imagens vivas em todos aqueles que voaram com ele”. As palavras definiam o estado de espírito.
Um dos primeiros pilotos de AT-26, o Tenente-Brigadeiro Ivan Frota, aos 80 anos, também participou do último voo da aeronave que entra para a história. “É um dos momentos mais importantes da minha vida”. Ele foi a Itália no início da década de 70 para fazer o relatório que indicava o avião para ser montado sob licença no Brasil pela Embraer e assim propiciar mais um grande passo para a indústria aeronáutica no Brasil. O Major-Brigadeiro Lauro Ney Menezes, antigo comandante do Pacau, também enfatizou o valor do momento. “As pessoas e as aeronaves passam. Ficam as atitudes, a experiência e o estado de espírito”, disse.
Nova geração – A solenidade contou ainda com a formatura de novos pilotos de caça do 2º/5º GAV e de helicópteros do 1º/11º GAV e após um ano de especialização com o avião Super Tucano A-29 e da aeronave H-50. “Foi uma solenidade muito especial mesmo porque tivemos tanto a despedida do Xavante como a formatura desses novos pilotos”, disse o Comandante da Aeronáutica em entrevista ao site da FAB. O Comandante ainda acrescentou a importância da transferência do 1º/4º GAV para Manaus.
Ao fim da solenidade, os AT-26 foram sendo retirados, um a um, do estacionamento de aeronaves. Permaneceram os A-29 Super Tucano. Como num encontro de épocas, de histórias fortes e vívidas. A despedida do Xavante em alto estilo teve a companhia do sol, que acabou por secar as lembranças da chuva do início da manhã. O céu se abriu e a alegria tomou conta da saudade.
Saiba mais sobre o Xavante no site especial
Fonte: Agência Força Aérea