6 de agosto de 2011

AMORIM SÓ FICA NA DEFESA ATÉ 2012, APOSTAM OS MILITARES

Até a reforma ministerial de 2012


MARCO AURÉLIO REIS
Mal a nomeação do diplomata Celso Amorim para o Ministério da Defesa foi publicada no Diário Oficial da União, as apostas entre militares ouvidos pela Coluna já eram de que ele não ficará mais de um ano no cargo.
“Dilma está cozinhando o galo com a indicação do diplomata. Ele está apenas apagando um incêndio e será substituído na reforma ministerial que ela prepara para 2012”, disse oficial superior, usando expressão do interior do País para a urbana “ganhando tempo” e antecipando opinião que a coluna confirmaria com outros cinco oficiais.
Amorim ficaria na Defesa até a reforma de 2012 , segundo os quartéis, lançada sob o pretexto de liberar ministros para as eleições municipais. “No rearranjo, Amorim pode até ficar no governo, mas não na Defesa, para onde iria um nome mais técnico”, explica um observador militar, apostando em candidato “que está no ministério e lá continuará na gestão do diplomata” .
Conhecido por posições políticas não alinhadas com a opinião de boa parte dos militares brasileiros (como a simpatia ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, do Irã), Amorim começou ontem mesmo gestões contra a resistência que encontrará nos quartéis: avisou que antes de qualquer declaração à imprensa “estudará a fundo e conversará muito com militares.”

FESTA NA DASSAULT
Descontentamento nos quartéis, festa na francesa Dassault, fabricante dos caças Rafale. “A certeza é que a crise descongelará o processo de compra dos novos caças e que, com Amorim à frente, o Rafale volta a levar vantagem”, diz um observador.

TEMER E ALENCAR
No dia da demissão do ex-ministro Nelson Jobim, o vice-presidente Michel Temer chegou a ser cotado para assumir a pasta. Seguiria o que fez José Alencar, então vice de Lula, que em 2004 acumulou as duas funções, apesar da pouca intimidade com os quartéis.

PAPEL DO VICE
Temer articulou pessoalmente sua não indicação, quando foi convocado por Dilma para acompanhar Jobim em seu último compromisso como ministro: uma viagem ao Batalhão de Selva, em São Gabriel da Cachoeira (AM). Foi com Jobim e voltou sozinho.
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