Carreira militar, a chance de emprego para jovens
Cursos investem nos concursos para escolas militares
Seguir a carreira militar foi por muitos anos,a saída para inúmeros jovens que não possuíam condições financeiras de estudar em escolas de qualidade. Mais do que a chance de ter acesso a um ensino melhor, vestir a farda era uma maneira também de ter emprego estável e poder contribuir com a renda familiar.
Mas o que parecia uma tendência do passado, ganhou força novamente e tem atraído jovens de várias classes sociais que buscam cursos especializados para concorrerem a uma vaga nas escolas militares. Estabilidade, possibilidade de crescer e ter acesso as novas tecnologias são alguns dos fatores que despertam o interesse dos futuros cadetes.
No entanto, ingressar em uma das escolas militares não é tarefa das mais fáceis e exige do candidato dedicação total e muitas horas de estudo, já que a disputa é cada vez mais acirrada.Segundo Carlos Eduardo Felício,professor de Matemática do Sistema Elite de Ensino e oficial do Exército formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), diz que o aluno deve ter uma rotina dedicada a sua preparação.
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Ingressar em uma instituição militar requer muitas horas de estudo e uma rotina rígida e exigente
Foto: Agência O Dia
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"Um aluno de preparatório militar deve ter foco diário nos estudos. Uma rotina planejada de aulas em sala e, sobretudo, no estudo individual.Afinal,cada escola militar foca em uma ou mais matérias. Contudo, o aluno deve ter regularidade no conhecimento em todas as disciplinas" explica.
Até outubro várias instituições militares estarão promovendo seus concursos, caso da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), Escola Naval e a Escola de Sargentos das Armas (Esa). Mas antes de concorrer, o aluno deve saber que ao ingressar na vida militar terá uma rotina mais rígida e exigente.
"A disciplina é um dos pilares do militarismo. Nesse sentido, o preparo, principalmente ao psicológico, deve ser constante. O aluno deve ter conhecimento de que estará ingressando em instituições com uma rotina de estudo, disciplina e comprometimento com a farda" afirma o militar.
Dedicação total
Igor César Torres Oliveira, 18 anos, aluno da 3º série do Ensino Médio,teve que mudar toda sua rotina de vida, inclusive sair de sua cidade, Paty do Alferes, e ficar no alojamento da escola para poder tornar realidade sua vontade de ser engenheiro militar. "O meu interesse é pela engenharia, por isso escolhi o Instituto Militar de Engenharia (IME) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Mas para conseguir entrar em uma das duas tive até que mudar de cidade. Eu morava em Paty do Alferes. Hoje, estou morando no alojamento do Sistema Elite de Ensino, na Tijuca. Somente aos domingos tenho o tempo livre para ver a minha namorada' conta.
Sua rotina de estudos é puxada, em média 12 horas. "Estudo das 7h às 21h50, de segunda a sexta. Aos sábados pela manhã também tenho aulas preparatórias. E à tarde faço simulados. E deixo o domingo livre" revela.
Outro que também abriu mão de tudo é Rufo Fragoso,16 anos,que sempre quis ser militar. Para isso não se importa em estudar 12 horas diárias."Sempre admirei a carreira militar, principalmente, pela estabilidade de emprego. Mas para alcançar esse objetivo estudo, no total, 12 horas por dia:sete horas seguindo meu planejamento de estudo, mais cinco na escola".
