3 de fevereiro de 2013

Petista de carteirinha, novo comandante da Brigada Militar gaúcha foi de major a coronel em dois anos. Ou: o aparelhamento ideológico que vem do Sul.

Governador apresenta novo comando da Brigada Militar
A posse iria ocorrer na quarta-feira, porém foi adiada para esta sexta, devido a tragédia em Santa Maria.

Governador apresenta novo comando da Brigada Militar
Apresentação do novo comandante da BM, Fábio Duarte Fernandes.
Créditos: Alina Souza/Especial Palácio Piratini
O governador Tarso Genro apresentou na manhã desta quinta-feira (31) no Palácio Piratini à imprensa, o novo comando da Brigada Militar no Estado.
Conforme o governador, a escolha do novo comandante-geral, coronel Fábio Duarte Fernandes, ocorreu de forma harmônica entre o governo e a Brigada Militar. O coronel, que atua como subchefe de operações da Casa Militar, irá assumir o comando da instituição nesta sexta-feira.
No lugar do subcomandante da Brigada, coronel Altair de Freitas Cunha, assume o coronel Silanus Serenito de Oliveira Mello, que está saindo do Comando de Policiamento Metropolitano. O coronel Alfeu, antes do Comando de Policiamento da Capital, assume a chefia do Estado Maior.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, a escolha de Fernandes “foi de uma afinidade absoluta e convergente”, reafirmando a colocação do governador.
A posse iria ocorrer na quarta-feira, porém foi adiada para esta sexta, devido a tragédia em Santa Maria.
O NACIONAL/montedo.com
Comento:
Em setembro, publiquei uma matéria de Zero Hora sobre a agitação provocada pela troca de comando na Brigada Militar do RS. Do texto de então, extraio este trecho:
"Outro episódio que gera controvérsia é o fato de ser a primeira troca no comando após a reformulação na lei das promoções, que reduziu de dois para um ano o tempo mínimo no posto de tenente-coronel e permitiu a oficiais mais jovens chegarem mais rápido ao posto de coronel e, por consequência, entrarem na disputa pelo cargo máximo.
É o caso do coronel Fábio Duarte Fernandes, lotado na Casa Militar. Em abril de 2011, ele foi promovido de major a tenente-coronel e, em junho, beneficiado pela nova regra, alcançou a terceira estrela gemada na insígnia, chegando ao posto de coronel.Militante do PT, com serviços prestados à bancada petista por cerca de cinco anos na Assembleia, atuante na campanha de Tarso Genro ao Piratini, o coronel Fábio, atual subchefe de operações da Casa Militar, é apontado como um dos mais cotados para comandar a BM."
Bingo! Eis o pica-fumo comandando coronéis com anos no posto, numa evidente e proposital inversão da hierarquia, bem aos moldes petistas. Ao comentar a notícia de ZH, escrevi o seguinte:

- O que essa notícia, que aparentemente destoa do perfil do blog, está fazendo aqui?

Simples: ela é reveladora da obsessão petista em aparelhar até eleição para síndico de prédio ou rainha de feira agropecuária.   As forças militares, estando ou não sob seu governo,   fazem parte - óbvio - desse permanente processo de controle partidário sobre as mais diversas  instâncias e organizações públicas.
Assim, quando o PT chega ao poder, seus tentáculos já estão enraizados por toda a administração pública.
No RS, essa prática nefasta teve seu ápice no governo de Olívio Dutra (1999-2003), quando atropelos vergonhosos da hierarquia foram cometidos em nome da 'causa'. 
Exemplo disso foi a promoção de um escrivão de polícia a assessor especial da secretaria de Justiça, o qual passou a mandar e desmandar em delegados no topo da carreira. Outro caso emblemático foi o de uma assessora da mesma secretaria, filmada ordenando, aos gritos, a um major da BM que não se atrevesse a fazer nada contra um grupo de baderneiros que, em meio à danças e gritos tresloucados, punham fogo ao 'Relógio dos 500 anos', construído pela Rede Globo em homenagem ao descobrimento do Brasil.
Num caso do qual só tomei conhecimento por conhecer o principal envolvido, um tenente-coronel da BM que comandava um dos principais batalhões da região metropolitana de Porto Alegre chegou ao seu quartel numa certa manhã de domingo e lá encontrou, confraternizando em um animado churrasco, alguns oficiais e praças sob seu comando e a cúpula petista da cidade.
Como bom milico, mandou que o grupo se retirasse imediatamente, pois não havia sido informado previamente do encontro. A 'tchurma' não se deu por achada e foi terminar o convescote na sede do diretório do PT na cidade.
A semana terminou com o oficial sendo transferido para uma distante cidade do interior gaúcho, onde ficou esquecido por muito tempo.
Mesmo sendo um dos oficiais mais antigos no posto, amargou 'caronas' durante quatro anos e só foi promovido a coronel após a troca de governo.
 E encerrei com uma perguntinha, que faço novamente agora:

- Alguém duvida que as Forças Armadas possam ser alvo desse mesmo processo de aparelhamento ideológico?


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