Forças de paz da ONU no Chade. Foto: ONU/Marco Dormino |
(ONU) - Do norte do Mali até as Colinas de Golã, os riscos que as forças de paz das Nações Unidas enfrentam estão crescendo, à medida em que estas missões estão sendo implantadas em situações cada vez mais dinâmicas e desafiadoras, disse nesta sexta-feira |(26) o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acrescentando que os capacetes azuis terão de se adaptar rapidamente às exigências de crises e conflitos do século 21.
“O atual cenário global de segurança está mudando dramaticamente”, afirmou o secretário-geral em evento realizado em Nova York, paralelamente ao debate geral da Assembleia Geral. “Conflitos civis, terrorismo, crime organizado e crises de saúde – como a do ebola – estão ameaçando milhões de pessoas. Na maioria das vezes, esses perigos transcendem as fronteiras”, continuou, observando que as forças de paz da ONU estão liderando a resposta internacional contra “uma ampla gama de ameaças” ao redor do globo.
Ban destacou que a força de capacetes azuis da ONU alcançou o maior tamanho de sua história, com mais de 130 mil soldados, policiais e pessoal civil nos locais mais perigosos do mundo. Recentemente, a Organização adicionou ainda outra missão à sua lista de operações, com a criação da Missão das Nações Unidas para a Emergência do Ebola, ou UNMEER, para apoiar os esforços de prevenção contra a doença na África Ocidental.
Para enfrentar os novos cenários sendo enfrentados pelas forças de manutenção da paz da ONU, Ban anunciou a criação de um painel de alto nível para fazer uma revisão das missões de manutenção da paz, com o objetivo de aprimorar sua capacidade de adaptação.
“Chegou a hora de fazer um balanço dos grandes progressos que têm sido feitos, as lições aprendidas e os novos contextos em que as nossas missões são implantadas”, disse. “O mundo está mudando e nosso apoio para a manutenção da paz deve se adaptar.”
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