A promotora de justiça de Maragogi, Francisca Paula, disse  que se sente intimidada e constrangida no exercício de suas atividades,  devido à ação do comandante do 6 º Batalhão, sediado no município, Osman  Vilela e do soldado Guerra, considerado homem de confiança do  comandante. Francisca Paula diz que teme pela sua vida.
O  promotor de justiça de Porto Calvo Sérgio Eduardo Simões  também já fez  reclamação sobre a atitude do soldado e da ação  truculenta do grupamento  do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) na  região.
A promotora chegou a declarar que qualquer ato criminoso contra sua   vida será responsabilidade do comandado do Batalhão de Maragogi. Segundo   ela, depois que representou o soldado, teve sua segurança retirada do   prédio do Ministério Público. A promotora, que já foi ameaçada de morte   por um detento e seus familiares, diz que a retirada de sua segurança  se  deu depois que moveu a ação contra o soldado Guerra, por abusos   cometidos.
Francisca Paula afirmou ainda que já tomou conhecimento que o soldado   teria também sacado uma arma para intimidar o gerente da agência do   Banco do Brasil em Maragogi, simplesmente porque ele tinha estacionado o   carro em local proibido. “Estou aguardando o gerente para preparar  mais  esta representação contra o soldado”, disse ela.
Em entrevista à CBN, a promotora declarou que diante dos abusos   cometidos pelo soldado realizou juntamente com a Câmara de Vereadores   uma audiência pública e para sua surpresa o comandante do Batalhão Osman   Vilela compareceu com todos seus assessores fortemente armados, numa   atitude, segundo ainda ela, intimidadora e coercitiva. “Todos que   estávamos na audiência ficamos intimidados com a presença dos policiais   fortemente armados ostensivamente”, relatou ela, revoltada.
 A defensoria pública em Maragogi também armazena dezenas de   reclamações dos abusos cometidos pelo soldado, que se apresenta como   assessor do coronel. A promotora chegou a dizer que tomou conhecimento   de que o soldado Guerra dá ordens a oficiais e transfere policiais que   não concordam com suas determinações o que constitui uma inversão do   princípio da hierarquia na Corporação. A promotora disse que foi ouvida   ontem pelo sub-comandante do Batalhão em um procedimento administrativo   interno da PM. Entretanto, segundo, ela o soldado continua exercendo   suas atividades normalmente e praticando os abusos.