18 de setembro de 2010

OFICIAL DO EXÉRCITO É ACUSADO DE AGREDIR PROFESSORA NO DESFILE DE SETE DE SETEMBRO

O Desfile ficou manchado
Ontem eu fiquei a par dos acontecimentos que mancharam o desfile de Sete de Setembro. Fiquei chocado. Como pode um homem que é visto como guardião do seu povo, desferir um tapa no rosto de uma professora que trabalhou horas organizando um desfile? Eu não consigo entender certas atitudes como esta. Não quero acreditar que seja o reflexo da estrela que carrega no peito e que transforma as pessoas em um ser que acha-se capaz de tudo e que parece estar impune pelo cargo que ocupa, não respeitando as honrarias que lhe foram concedidas. Entendo toda a indignação do quadro de professores da Escola Apolinário Porto Alegre, que farão na próxima semana, todos vestido de preto, uma grande manifestação de apoio à colega Lilia, que estava fazendo o seu trabalho e que sofreu essa agressão, talvez, muito mais moral do que física. A que ponto chegamos.

Professores e Funcionários do APA protestaram


Professora Lilia, à direita, segurando a faixa.

Em uma passeata silenciosa pelas ruas do centro de Santiago, Professores e Funcionários da Escola Apolinário Porto Alegre protestaram contra a agressão sofrida pela Professora Lilia durante o desfile do dia 7 de Setembro. A Professora foi agredida por um militar do alto escalão do Exército Brasileiro, com um tapa no rosto. O fato se deu após uma discussão em função da participação da filha do militar no desfile.
Exército manifesta-se sobre episódio do desfile de 07 de Setembro

NOTA À IMPRENSA
A propósito de informar a comunidade santiaguense acerca dos fatos ocorridos no dia 7 de setembro do corrente, entre militar do 19º Grupo de Artilharia de Campanha e funcionária da Escola Estadual Apolinário Porto Alegre, o Comando da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada esclarece o que se segue:
1. A 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada determinou, em 9 de setembro de 2010, a adoção de processo administrativo para identificar se o comportamento do militar em público fere os preceitos da ética e da disciplina militar.
2. Não cabe à administração militar a averiguação da eventual ocorrência de crime de lesão corporal entre as partes envolvidas, por ser tratar de assunto de competência da justiça comum.
3. Outras informações poderão ser obtidas junto à Seção de Comunicação Social da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, pelo telefone (55) (3251-2277-Ramal 235) ou pelo endereço eletrônico scs1bdacmec@gmail.com.


Santiago, RS, 17 de setembro de 2010.
(a) GENERAL DE BRIGADA JOSÉ EUSTÁQUIO NOGUEIRA GUIMARÃES
COMANDANTE DA 1ª BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA
Texto e fotos do blog Pampa Grande do Sul, de Leonardo Rosado



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