Cinco soldados norte-americanos dizem ter sido obrigados por um sargento  do seu agrupamento a matar civis desarmados no Afeganistão                   por pura diversão. Num vídeo a que o canal televisivo  norte-americano ABC teve acesso, um dos soldados envolvidos, Jeremy                   Morlock, de 22 anos, descreve em interrogatório  militar como ocorreram as mortes de três afegãos. 
O crime foi descoberto                   em Fevereiro, mas o casos em investigação remontam a Maio, na província de Kandahar. Jeremy  Morlock foi agora interrogado                   pela Justiça Militar norte-americana. No vídeo, o  soldado acusa o sargento Calvin Gibbs, chefe de sua unidade, de planear                   todas as mortes, fazendo parecer, num primeiro  momento, que se trataria de um ataque a soldados norte-americanos para  que                   ninguém desconfiasse deste desporto da morte. Para parecer ataque, colocava uma granada junto dos corpos dos afegãos.                   
Nas descrições que são citadas pela imprensa, Gibbs é acusado de desmembrar os corpos a seu bel`prazer, crime que também                   terá praticado aquando da sua passagem por outro cenário de guerra, o Iraque. De  acordo com o jornal «The Washington Post»,                   Gibbs teriam na sua posse ossos de dedos, ossos de  pernas e dentes retirados como troféus de guerra aos corpos das suas  vítimas.                   
Morlock refere no vídeo que o sargento Gibbs era «louco» e que ninguém podia dar-lhe uma nega em nada. «Quando se                   trata de matar pessoas, é demasiado fácil para aquele homem», diz o soldado. 
O  envolvimento dos cinco soldados                   acusados da prática destes crimes no Afeganistão terá  ficado também a dever-se ao uso de drogas, aparentemente uma prática                   comum nas unidades militares, refere por seu turno o  soldado Emmitt Quintal, outro dos acusados. «Dias maus, dias de muito                   stress e nós precisávamos de ter algum escape», diz. 
Em  Fevereiro, o soldado Adam Windfield disse aos pais via                   Facebook que o seu sargento estava a matar afegãos  inocentes, mas que ele não se sentia seguro a denunciar a situação a  ninguém                   na sua base militar. Os pais do soldado revelam à ABC  que o filho lhes disse que se contasse a alguém sobre estas mortes                   teria a sua vida em risco. 
Inquietos e preocupados com a situação, os pais de Adam telefonaram a vários oficiais e até a um senador, mas ora eram ignorados, ora lhes diziam que nada podia ser feito.
Inquietos e preocupados com a situação, os pais de Adam telefonaram a vários oficiais e até a um senador, mas ora eram ignorados, ora lhes diziam que nada podia ser feito.
O caso está a ser investigado                   pela Justiça Militar em Washington. 
Vídeo ABC:  IOL Diário (Portugal)
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