
O  Comando da Aeronáutica realiza hoje e amanhã, na cidade de São José  dos  Campos, o 2º Workshop de Offset Projeto KC-390. O objetivo é  divulgar a  potenciais fornecedores a política de compensação comercial,   industrial e tecnológica – conhecida como offset no meio aeronáutico –   para o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390 pela Embraer.
Com  capacidade para transportar até 23 toneladas, o KC-390 tem o  primeiro  voo previsto para 2014 e entrada em serviço, para 2015. O  projeto está  orçado em US$ 1,3 bilhão. O workshop será aberto às 9  horas. Em  seguida, haverá uma apresentação sobre o KC-390 da  Subdiretoria de  Desenvolvimento e Programas da Comissão Coordenadora do  Programa  Aeronave de Combate. Algumas das empresas candidatas a  fornecedoras do  KC-390 participam de uma rodada de palestras no período  da tarde. Entre  elas: BAE Systems, Astronautics Corporation of America,  GE Aviation,  Israel Aerospace Industries, Northrop e Thales.
O  workshop é organizado pelo Instituto de Fomento e Coordenação   Industrial, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA),   e será realizado no Parque Tecnológico. A política de offset adotada   pelas forças armadas brasileiras já beneficiou a Embraer em várias   ocasiões. A fabricante brasileira de aeronaves produziu 300 conjuntos de   flaps para aeronaves da MCDonnel Douglas como contrapartida à compra  de  aeronaves MD-11 pela Varig. Depois que o Exército fechou a compra de   helicópteros da francesa Aerospatiale, a Força Aérea da França   encomendou 50 aviões Tucano da Embraer.
Workshop
Em  maio passado foi realizado o 1º Workshop de Offset Projeto KC-390 e  na  ocasião a Embraer disse a intenção de produzir 180 aeronaves KC-390  nos  dez primeiros anos. Em julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse   planejar adquirir 28 aeronaves. O projeto do KC-390 está em de definição   dos parceiros estratégicos. A estimativa da empresa é de que 80   fornecedores sejam credenciados para o programa. Quatro países já   negociam participação no projeto: Chile, Colômbia, Portugal e República   Tcheca. No caso do Chile, a participação do país se dará por meio da   Empresa Nacional de Aeronáutica (Enaer) no desenvolvimento do avião e no   fornecimento de parte da estrutura. O Chile também pretende adquirir   seis aeronaves KC-390.
As  negociações com a Colômbia contemplam a produção de peças usinadas  para  o KC-390 e aquisição de 12 aeronaves. Com Portugal se discute   participação direta no programa, a compra de seis aviões.