O Brasil foi o principal cliente da indústria militar francesa no  período 2000-2009, segundo um relatório do ministério francês da Defesa,  que destaca que a França é o quarto exportador mundial de armamento.
"Os principais clientes de armamento da França no período 2000-2009 foram Brasil, Arábia Saudita e Índia", afirma o documento.
O  Brasil, que em 2008 ocupava o novo lugar na lista, subiu para o  primeiro lugar após a compra de submarinos e de uma associação  estratégica bilateral, segundo o relatório.
Em 2009, a França  registrou pedidos avaliados em 8,16 bilhões de euros (11,26 bilhões de  dólares), contra 6,5 bilhões em 2008, o que significa um aumento acima  de 20% e que chega a 40% na comparação com os resultados de 2007.
O  forte avanço das exportações de armamento francês desde meados da  década (em 2004 as vendas oscilavam em três bilhões de euros) foi  confirmado.
"O objetivo foi cumprido", celebrou Laurent Teisseire, porta-voz do ministério da Defesa em uma entrevista coletiva.
O  informe, que será apresentado ao Parlamento, demonstra que a França é o  quarto exportador mundial, com 7,2% do mercado, atrás dos Estados  Unidos (52%), Grã-Bretanha (13,4%) e Rússia (8,4%).
Israel aparece em quinto lugar, com 5,3% do mercado.
A  França ainda aguarda que o Brasil, que deve renovar a frota da Força  Aérea, compre 36 exemplares de seu caça Rafale, que até hoje o país  nunca conseguiu exportar.
O Rafale da francesa Dassault Aviation  compete em um processo de licitação no Brasil com o F/A-18 Super Hornet  da americana Boeing e com o Gripen NG da sueca Saab.
A decisão  brasileira foi adiada em função das eleições presidenciais, que serão  decididas em segundo turno no dia 31 de outubro entre a candidata Dilma  Roussef, apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo  candidato da oposição José Serra.
Desde 2008 a França também negocia com os Emirados Árabes Unidos a venda de 60 caças.