O Exército deixa de forma gradual o Complexo Alemão, na Zona Norte do Rio, com saldo positivo e o apoio da população. Essa foi a avaliação que o governador Sérgio Cabral fez durante entrevista à rádio "CBN", na manhã desta terça-feira. "Estamos enfrentando um tumor que estava matando o Rio de Janeiro", declarou.
Ele disse que nem todos os problemas foram resolvidos, como as questões sociais, mas acredita que a entrada da polícia nas favelas cariocas é um grande passo para enfrentar o tráfico de drogas e diminuir o índice de criminalidade no município. "O Exército sai com um saldo positivo, com a população do alemão satisfeita".
Cabral agradeceu ao apoio do governo federal e enfatizou a integração das forças armadas para a ocupação nas comunidades. Ele acrescentou que a partir de agora terá uma fase de transição no Alemão, que irá durar até junho. "Vamos tirar uma área das mãos do poder paralelo. A precisão é de um grande contingente para esta fase".
A relação entre militares e moradores também foi enfatizada pelo governador. Ele disse que a população em geral apoia a implantação da UPP. "É claro que têm pessoas que tentam minar o trabalho de política de segurança, por que isso quebra a lógica que vigorava por anos ali", afirmou.
O governador afirmou também que sabe dos problemas que continuam nas favelas que recebem as Forças de Segurança. "Se você for no Batam ou na Cidade de Deus, lá também tem problemas sociais, mas os moradores estão satisfeitos agora", afirma.
Com relação ao tempo em que o tráfico de drogas ocupava determinas favelas do Rio, Cabral foi enfático: "Não tenho a ilusão que tudo vai ficar sem nenhum problema. Para os que dizem que antes não tinha assalto lá (na favela) é porque não queria que o crime fosse na sua região. Será que estão com saudades dessa época?", questiona.
SRZD/montedo.com