Trinta e nove supostos integrantes do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos por militares colombianos nas últimas 48 horas em ações distintas no país, informou nesta quarta-feira o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.
O ministro e chefes miliares explicaram, durante coletiva de imprensa conjunta, que entre terça-feira e a madrugada desta quarta-feira - quando um acampamento do grupo foi bombardeado -, 39 guerrilheiros foram mortos e 12 capturados. Dentre os mortos, 33 foram vítimas de um ataque na madrugada desta quarta-feira contra uma área do departamento (Estado) de Arauca, no nordeste do país, informou Pinzón. Os demais morreram em ações distintas, realizadas tanto em Arauca como em outras regiões do país.
Pinzón descreveu o ataque ao acampamento como o golpe mais duro contra as Farc em cinco anos. O general Ernesto Maldonado, comandante da 8ª Divisão do Exército, que tem jurisdição sobre a zona onde foi realizado o bombardeio, informou que a operação foi realizada numa zona rural do município de Arauquita, contra o acampamento da Frente 10 das Farc.
"Neste ano, este foi o golpe mais forte que demos contra as Farc", disse o oficial, por telefone, à Associated Press.
As tropas de Maldonado entraram no acampamento rebelde logo após o ataque realizado por cinco aviões Super Tucano da Força Aérea colombiana, informou o general.
O presidente Juan Manuel Santos felicitou os militares em mensagem postada em sua conta no Twitter. "Grande golpe contra as Farc em Arauca, onde mataram nossos soldados", disse Santos. "Felicitações a nossas forças", disse o mandatário.
A operação foi realizada numa região onde, no sábado, um ataque resultou na morte de 11 militares. Segundo autoridades, as Farc foram responsáveis pelo ataque.
O general Maldonado revelou que desde dezembro, quando foi criada em Arauca uma força-tarefa especial para a região, têm sido planejadas operações distintas contra a guerrilha.
Segundo Maldonado, calcula-se que existam entre 600 e 700 membros das Farc e do Exército de Libertação Nacional em operação em Arauca, grupos que, em algumas regiões, operam conjuntamente. As informações são da Associated Press.
Diário do Grande ABC/montedo.com