Bope e Batalhão de Choque começam a ocupar o Alemão e a Penha
Segundo a Secretaria de Segurança, esta é uma nova etapa da pacificação na região
Marcelo Régua
Com a chegada da PM, Exército vai deixar a região aos poucos |
A partir desta terça-feira (27), policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Choque começarão a substituir as tropas do Exército nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, para a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).
Pelo twitter, a Secretaria de Segurança Pública informou que esta será uma nova etapa do processo de pacificação da região. O órgão informou também que serão feitas revistas à procura de criminosos que ainda possam estar nas comunidades.
A secretaria também pede a colaboração dos moradores e alerta para que todos andem com documentos de identificação. Motoristas e motociclistas também devem estar com a documentação dos veículos em dia, pois serão alvo das revistas.
Conforme o R7 publicou no início deste mês, o coronel Luiz Alfredo Mendes, subcomandante da Força de Pacificação, disse que o processo de transição seria iniciado entre os dias 25 e 26 de março.
- Manda o que está no acordo que foi celebrado entre os governos federal, do Estado do Rio e o Ministério da Defesa. A partir do fim de mês, dia 25 ou 26, o Exército começa a deixar a área para que o Estado tome conta.
A previsão é de que 500 policiais sejam deslocados para os complexos em março, mais mil em abril e maio e outros 700 em junho. Assim como ocorre geralmente antes da instalação de UPPs, agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) devem fazer uma varredura inicial e “preparar o terreno” para a polícia pacificadora, como explicou o coronel.
- Pelo que tenho observado, a polícia tem o protocolo que começa pelo Bope, dando uma geral na área para a entrada da UPP.
O anúncio da chegada da UPP aos dois complexos em março foi feito no dia 8 de setembro do ano passado pelo governador Sérgio Cabral. Na ocasião, ele afirmou que o “Exército não ficaria lá para sempre” e anunciou que a transição seria feita em um período de quatro meses, assim como foi confirmado pelo coronel Luiz Alfredo Mendes.
Inicialmente, porém, a intenção era que o Exército ficasse nas comunidades até outubro de 2011. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança, o prazo foi estendido por causa da falta de policiais e porque a Polícia Militar precisava de mais tempo para formar novos agentes no CFAP (Centro e Formação e Aperfeiçoamento de Praças).
R7/montedo.com