Delegado não descarta possibilidade de realizar um terceiro reconhecimento.
Jovem teria sido espancado por militares na Vila Cruzeiro, em 10 de março.
Jovem que diz ter sido agredido por militares participou de segundo
reconhecimento nesta quarta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Pela segunda vez, o jovem que diz ter sido agredido por militares da Força de Pacificação na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio, não reconheceu nenhum dos seus supostos agressores, segundo informou a assessoria da Polícia Civil. O jovem afirma que, no dia 10 de março, foi agredido e torturado por militares que estavam em patrulhamento na comunidade. O segundo reconhecimento ocorreu nesta quarta-feira (21), na base da Força de Pacificação.
Segundo o Exército, nesta quarta, os militares que estavam de folga há uma semana, quando foi feita a primeira tentativa de reconhecimento, estavam presentes.
De acordo com a Polícia Civil, 15 militares do Exército foram submetidos ao reconhecimento, ficando frente a frente com o jovem. Ainda de acordo com a assessoria, o delegado José Pedro Costa, da 22ª DP (Penha), não descarta a hipótese de promover um terceiro reconhecimento. Até o momento, 77 militares já foram submetidos a este procedimento.
No dia 14, o jovem e a namorada ficaram de frente com 28 militares do Exército. O casal, no entanto, teve dúvidas para reconhecer os militares que teriam participado da abordagem.
Na segunda-feira (19), o jovem foi ouvido pelo chefe do Inquérito Policial Militar (IPM) , e acompanhado pelo Ministério Público Militar.
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Tortura
O jovem diz ter sido acusado de ser olheiro do tráfico, mas nega envolvimento com o crime. A polícia aguarda um laudo médico da perícia, mas já registrou o caso como tortura. Oito militares foram ouvidos e todos negaram ter participado da agressão. A namorada do jovem contou que quando os militares levaram o rapaz, tentou ir atrás, mas foi ameaçada.
“Apontou a arma para mim e falou assim para mim: se eu fosse você. eu não vinha atrás de mim, não, porque você vai ver só o que vai acontecer contigo", disse a jovem. A polícia também procura uma moradora da comunidade que teria visto as agressões.
G1 RJ/montedo.com