Gélio Fregapani
É bom pensar no que pode aconteces se:
-Prosseguir o agravamento da economia mundial;
-Houver a dissolução da zona do Euro
-Acontecer um colapso do Dólar
-Ser deflagrada a guerra contra o Irã
-A guerra extrapolar para uma disputa entre os EUA e UK versus Rússia e China.
Em vista do quadro de nuvens carregadas e fortes turbulências que caracteriza o cenário global, onde um dos componentes é a retração do poderio militar e econômico estadunidense, não surpreende que os outros componentes do BRICS, especialmente, a Rússia e a China, estejam se preparando para todas as contingências. De uma forma ou de outra seremos envolvidos A hora de nos prepararmos é agora.
Somos o único entre os grandes países cuja capacidade militar é muito inferior às suas dimensões e potencialidades econômicas, sendo atualmente incapaz de prover uma capacidade dissuasória mínima contra qualquer agressão externa de monta. Ademais, é visível o exemplo negativo da vizinha Argentina, onde o revanchismo político implicou em uma brutal deterioração das condições operacionais das Forças Armadas, deixando o país em uma humilhante condição de impotência diante de episódios como as recentes provocações militares do Reino Unido, em torno da disputa pelas Ilhas Malvinas.
O Brasil precisa estabelecer os seus planos estratégicos, para o que der e vier, – e não pode se dar ao luxo de ensejar dissidências internas causadas por grupos de indivíduos que se comportam como viúvas da Guerra Fria.