A chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (22), deu início à mobilização de 12.259 militares das Forças Armadas. Até o próximo domingo (28), quando regressará para Roma, o sumo pontífice contará com o maior efetivo de segurança já colocado à disposição de uma autoridade estrangeira. Assim que o avião da Alitalia tocou solo na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, começou a operação.
Na base aérea, o santo padre foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice-presidente Michel Temer, além de autoridades civis, militares e religiosas. Em seguida, Francisco foi conduzido em carro fechado até a catedral metropolitana no centro da capital fluminense. De lá, seguiu em veículo aberto pelas ruas da cidade. Ao término do desfile, vai para o III Comando Aéreo Regional (Comar), onde embarca em um helicóptero com destino ao Palácio Guanabara.
O papa Francisco veio ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que será encerrado por ele no próximo domingo (29), em Guaratiba. Ainda na agenda, a autoridade máxima da Igreja Católica irá a Aparecida (SP), onde celebra missa e se encontra com religiosos, e tem compromissos paralelos na capital fluminense.
Estruturas estratégicas
Nas primeiras horas desta segunda-feira, tropas das Forças Armadas já ocupavam 14 estruturas estratégicas previamente definidas pelo Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA). O objetivo é dar segurança, por exemplo, às subestações de energia elétrica, torres de comunicação, redes de água e esgoto, bem como aeroportos.
No Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), foi montada estrutura que reúne representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de agências dos governos federal, estadual e municipal. Pela manhã, na primeira reunião da equipe, os setores envolvidos no plano de segurança repassaram informações sobre a mobilização.
Às 10h, uma videoconferência com a participação do ministro da Defesa, Celso Amorim, e os oficiais generais de Brasília, do Rio de Janeiro e de Aparecida do Norte, permitiu os ajustes sobre a chegada do papa. O objetivo é que aconteçam reuniões diárias durante a permanência de Francisco no Brasil.
De acordo com o cronograma, no Rio temos 10,2 mil militares, sendo 2,5 mil da Marinha, 7 mil do Exército e 700 da Força Aérea Brasileira (FAB). A Aeronáutica emprega dois aviões e oito helicópteros no apoio logístico ao evento, enquanto a Marinha colocou à disposição seis navios e 16 embarcações de pequeno porte. Já o Exército, terá os helicópteros “olho de águia”, além de outros meios para garantir o êxito na realização da JMJ e da visita do papa.
Em Aparecida, o efetivo será de 2.059 militares. Esta mobilização tem por finalidade permitir a segurança durante a visita do santo padre à basílica na próxima quarta-feira. Durante a videoconferência, houve a confirmação de que, em princípio, Francisco se desloque do Rio em helicóptero, e não mais em avião como estava previsto anteriormente.
Porém, dependendo das condições meteorológicas, é possível que o papa seja transportado em avião da FAB. O trajeto por meio rodoviário também não foi descartado. Todos os movimentos, bem como a agenda de Francisco, estão sendo tratados pelas autoridades brasileiras e a equipe da Santa Sé, que se encontra no Rio de Janeiro.
CORREIO DO ESTADO/montedo.com