Cargas de cigarros eram contrabandeadas por tirolesa
Militares do 10º RC Mec (Bela Vista) participaram da operação
Laís Camargo
Em sobrevoo rotineiro o helicóptero da PRF (Polícia Rodoviária Federal) flagrou uma situação surpreendente – cigarros eram contrabandeados do Paraguai para o Brasil por meio de estrutura esportiva de tirolesa pelo Rio Apa.
A princípio, casas de alvenaria e veículos estacionados na beira do rio não levantaram suspeita, mas a polícia observou a fuga de quatro pessoas para a mata. Nesse momento os policiais pediram reforço do exército e observaram as condições para que garantir que não haveria confronto armado. Segundo a assessoria da PRF, não havia investigação sobre o crime, a situação foi de total flagrante.
Os contrabandistas estavam acampados do lado brasileiro, a 60km de Caracol e ainda não foram capturados. A PRF já tem pistas da identidade dos criminosos, pois encontraram anotações na casa. O local é descrito como um entreposto para carregamento de carretas. Uma corda com equipamento de transporte era atravessada de um lado a outro do rio, a chamada tirolesa.
Providências
O flagrante ocorreu no dia 19 de outubro, às 16h. Até o momento a identidade do proprietário das terras não foi descoberta. Porém há informações de que o local seja arrendado. Se for comprovado consentimento do dono das terras quanto às atividades criminosas, ele deve ser indiciado como coautor. Além disso, já foi multado em R$ 200 mil pela Receita Federal pela carga ilegal de cigarros que estava na propriedade.
Foram encontrados no local alojamento e mantimentos para um número aproximado de 10 pessoas, além dos seguintes itens: 845 caixas de cigarro, um veículo VW Gol de cor branca, uma Silverado Preta com placa adultera, duas espingardas calibre 22 e aproximadamente 100 munições calibre 22 e 38.
Foi necessário solicitar apoio ao Exército de Bela Vista, que enviou três caminhões para a retirada da carga. Na operação de 'desmanche' do local foram envolvidos 15 policiais rodoviários federais, 25 militares exército, cinco auditores da Receita Federal e um fiscal do Iagro que apontou o local via terrestre.
CORREIO DO ESTADO